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[RESENHA] Puros - Julianna Baggott

30 agosto 2014

Hey, pessoas!

Hoje eu trago mais uma resenha para vocês. E o escolhido da vez é o livro Puros, primeiro da série de Julianna Baggott. Vamos conferir o que eu achei da leitura?

TÍTULO: Puros
AUTOR: Julianna Baggott
EDITORA: Intrínseca
NÚMERO DE PÁGINAS: 368 páginas
AVALIAÇÃO: 
SINOPSE: Pressia pouco se lembra das Explosões ou de sua vida no Antes. Deitada no armário de dormir, nos fundos de uma antiga barbearia em ruínas onde se esconde com o avô, ela pensa em tudo o que foi perdido - como um mundo com parques incríveis, cinemas, festas de aniversário, pais e mães foi reduzido a somente cinzas e poeira, cicatrizes, queimaduras, corpos mutilados e fundidos. Agora, em uma época em que todos os jovens são obrigados a se entregar às milícias para, com sorte, serem treinados ou, se tiverem azar, abatidos, Pressia não pode mais fingir que ainda é uma criança. Sua única saída é fugir. Houve, porém, quem escapasse ileso do apocalipse. Esses são os Puros, mantidos a salvo das cinzas pelo Domo, que protege seus corpos saudáveis e superiores. Partridge é um desses privilegiados, mas não se sente assim. Filho de um dos homens mais influentes do Domo, ele, assim como Pressia, pensa nas perdas. Talvez porque sua própria família tenha se desfeito: o pai é emocionalmente distante, o irmão cometeu suicídio e a mãe não conseguiu chegar ao abrigo no Domo. Ou talvez seja a claustrofobia, a sensação de que o Domo se transformou em uma prisão de regras extremamente rígidas. Quando uma frase solta sem querer sugere que sua mãe ainda pode estar viva, ele arrisca tudo e resolve sair à sua procura. É então que Pressia e Partridge se encontram, e este encontro pode despedaçar seu mundo mais uma vez.

O Antes é um mistério para Pressia. Ela não lembra de nada que tenha acontecido antes das Explosões. Apenas aquilo que seu avô a conta, lembranças de seus pais, que já não estão mais ali. Agora tudo que ela conhece é o mundo destruído fora da barbearia onde vive com o avô, em que todas as pessoas são uma visão destorcida de um paraíso que não existe mais. Pressia teve sorte de ter sobrevivido, assim como vários lá fora. Porém, as consequências vieram: agora, as pessoas são fundidas a uma variedade infinita de objetos e elementos, queimadas ou mutiladas. A cabeça de boneca no lugar de sua mão não a deixa esquecer do terrível massacre que ela presenciou. Mas alguns foram mais sortudos: foram escolhidos para viver no Domo, um ambiente estável, onde as pessoas são superiores e perfeitas, e não precisam respirar o ar poluído do mundo lá fora. Ali eles tem uma vida boa e não enfrentam os perigos que os Miseráveis passam todos os dias. Esses são os chamados Puros.

Partridge é um deles, mas não entende tudo o que aconteceu. Sua família foi separada e completamente destruída, e agora restam apenas ele e seu pai sempre tão distante, talvez pela posição alta que ocupa no Domo. Partridge não se acha com sorte. Após uma discussão com seu pai, depois de seu condicionamento e aprimoramento físico não estarem surtindo os efeitos desejados, ele descobre que há uma chance mínima de sua mãe continuar viva fora da bolha em que ele vive, e é então que decide arriscar-se para procurá-la.


Fora do Domo o mundo é desconhecido e perigoso para Partridge, que não está acostumado às ameaças que encontra. Para sua sorte, logo ele encontra Pressia, que dá um rumo a sua busca e o ajuda a sobreviver ao ambiente hostil. Logo ele também conhece Bradwell, um cara carrancudo e de poucos amigos, revolucionário, crente na teoria da conspiração. Juntos eles enfrentam perigos que Partridge jamais poderia imaginar. E conforme avançam em sua busca e descobrem segredos há muito tempo guardados, eles veem-se mais unidos, e percebem que precisarão de todas as suas forças se quiserem continuar vivos.

O livro é narrado por basicamente três personagens: Partridge, Pressia e Bradwell, sendo que os dois primeiros são os que mais contam a história. Os capítulos são intercalados entre eles e curtos, o que facilita a leitura e a torna menos cansativa. No começo eu fiquei meio perdida na história, achei que a autora acrescentou muita informação, que contribuíram para deixar a narração um pouco confusa, e precisei de pelos menos dez capítulos para me orientar direito no livro.


Confesso que logo que li a sinopse a trama me atraiu de cara, pois é completamente diferente de tudo que já li. Como sempre, cometi a besteira de criar altas expectativas para o livro, e me decepcionei, em partes. Não é que a história seja de todo ruim, mas como eu disse antes, acho que ela tem informação demais. Aí vocês me perguntam: Mas isso não contribuiria para deixá-la melhor? Na verdade, nesse caso, não. Acho que a autora poderia ter escolhido apenas um lado dessa história toda e tê-lo desenvolvido com mais clareza. Existem muitos nomes na trama, para tudo, e admito que demorei um bom tempo para saber o que era o que.

Apesar disso, a parte das intersecções entre as personagens ficou maravilhosa. Julianna criou um enredo onde nada era por acaso, e conseguiu dar uma função importante a cada fato que acontecia no livro, e eu achei essas ligações maravilhosas, foi o que mais me prendeu a história. Além disso, as personagens foram bastante complexas, e os conflitos entre elas bastante coerentes, não aquela coisa boba com a qual estamos acostumados. Elas realmente passaram por poucas e boas, e muitas vezes parecem amarguradas demais, mas definitivamente tem razão para isso. Gosto de personagens assim, com as quais tu consiga se identificar, às quais tu possa se apegar e compreender o porque delas dizerem ou fazerem todas as coisas. Isso contribuiu bastante para a trama ser coesa e inteira.


No começo do livro, a leitura exige bastante paciência. Creio que a autora já sabia que seus leitores teriam uma certa dificuldade em compreender o universo (criativo demais, para se dizer o mínimo e fazer justiça a Julianna) que ela criou. Por isso mesmo ela se detém muito nos detalhes, e explica cada minúcia, o que eu, particularmente, acho um pouco chato no livro, apesar de vir a calhar em casos como esse, onde tudo é encaixado no final do livro. Do meio para o fim a narrativa fica mais rápida e fluida, com ação de tirar o fôlego e peças indo cada uma para o seu lugar, muitas vezes arrancando suspiros. Foi essa parte da qual mais gostei (óbvio, né?) e achei que mais contribuiu para o livro não ser considerado ruim para mim.

Quanto à diagramação ela é super simples, o que me agrada bastante, pois dá mais ênfase a história, que, querendo ou não, é o mais importante dentro do emaranhado todo. A capa é maravilhosa, e eu realmente admiro as sacadas de quem fez a arte: só para vocês terem uma ideia, o símbolo da Pressia dentro do livro é uma borboleta, e é esse o bichinho que aparece na capa. Na parte da frente ele está colorido e cheio de vida, assim como a imagem do globo terrestre que fica em segundo plano, enquanto na capa traseira do livro a borboleta é transformada em cinzas, como se fosse para ilustrar a diferença entre o Antes e o Depois que conhecemos no universo do livro. Achei isso fantástico!


Por fim acabou que eu gostei do livro, mas fiquei em dúvida quanto a terminar ou não a série, que eu acredito não ter sido lançada no Brasil ainda, pelo que pesquisei. Apesar da autora não ter fechado completamente a história e não nos dado um desfecho para ela ao final do livro (mais um coisa óbvia, se tratando de uma série) eu tenho um certo receio de que os livros comecem a decair, como é a tendência da maioria das sagas hoje em dia (não me matem, ok? Existem exceções!)

Recomendo a leitura por causa do universo criado pela autora, e pelo tema central do livro, que eu achei super interessante. Mas já vou logo avisando que é normal a confusão inicial e que se adaptar a trama não é uma tarefa das mais fáceis, portanto, não se assustem se de início tudo parecer um caos. Espero que tenham gostado da resenha, e não deixem de vir me contar suas impressões do livro depois de lerem. Até a próxima postagem!

Beijos 

[EBOOKS #4] Projeto: Espalhe a leitura!

28 agosto 2014

Hey, pessoas!

Hoje é dia de ebooks, e eu trouxe para vocês uma série de romances de época que está arrancando suspiros de muitos leitores por aí. Conheçam a Família Bridgerton, de Julia Quinn! A série está sendo relançada no Brasil pela editora Arqueiro, e tem até o quarto livro disponibilizado até então. Vou atualizando o post assim que souber dos lançamentos :)

1. O Duque e Eu


SINOPSE: Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível.É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta. Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida. Primeiro dos oito livros da série Os Bridgertons, O duque e eu é uma bela história sobre o poder do amor.

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2. O Visconde Que Me Amava


SINOPSE: A temporada começou este ano de 1814 sem que existam razões para confiar em que vamos ver alguma mudança destacável como a de 1813. Como sempre, os atos de sociedade continuam cheios de mamães ambiciosas cujo único objetivo é ver suas preciosas filhas casadas com solteiros convenientes. As deliberações entre as mamães indicam o visconde do Bridgerton como seu partido mais cotizado para este ano e, de fato, se o pobre homem parece despenteado e seu cabelo alvoroçado pelo vento se deve a que não pode ir a nenhum lugar sem que alguma jovem senhorita sacuda suas pestanas com tal vigor e celeridade que provoca uma brisa de força impetuosa. Talvez a única jovem dama que não mostrou interesse pelo Bridgerton seja a senhorita Katharine Sheffield; sua atitude para com o visconde às vezes roça a hostilidade.

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3. Um Perfeito Cavalheiro


SINOPSE: Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse parece um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, ela é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu. Uma noite, porém, ela consegue entrar às escondidas no aguardado baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhece o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles. Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia seguinte, enquanto ele procura sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres. O destino faz com que os dois só se reencontrem três anos depois. Benedict a salva das garras de um bêbado violento, mas, para decepção de Sophie, não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, logo se apaixona por ela de novo. Como é inaceitável que um homem de sua posição se case com uma serviçal, ele lhe propõe que seja sua amante, o que para Sophie é inconcebível. Agora os dois precisarão lutar contra o que sentem um pelo outro ou reconsiderar as próprias crenças para terem a chance de viver um amor de conto de fadas. Nesta deliciosa releitura de Cinderela, Julia Quinn comprova mais uma vez seu talento como escritora romântica.

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4. Os Segredos de Colin Bridgerton

Os Segredos de Colin Bridgerton

SINOPSE: Há muitos anos Penelope Featherington frequenta a casa dos Bridgertons. E há muitos anos alimenta uma paixão secreta por Colin, irmão de sua melhor amiga e um dos solteiros mais encantadores e arredios de Londres. Quando ele retorna de uma de suas longas viagens ao exterior, Penelope descobre seu maior segredo por acaso e chega à conclusão de que tudo o que pensava sobre seu objeto de desejo talvez não seja verdade. Ele, por sua vez, também tem uma surpresa: Penelope se transformou, de uma jovem sem graça ignorada por toda a alta sociedade, numa mulher dona de um senso de humor afiado e de uma beleza incomum. Ao deparar com tamanha mudança, Colin, que sempre a enxergara apenas como uma divertida companhia ocasional, começa a querer passar cada vez mais tempo a seu lado. Quando os dois trocam o primeiro beijo, ele não entende como nunca pôde ver o que sempre esteve bem à sua frente. No entanto, quando fica sabendo que ela guarda um segredo ainda maior que o seu, precisa decidir se Penelope é sua maior ameaça ou a promessa de um final feliz. Em Os segredos de Colin Bridgerton, quarto livro da série Os Bridgertons, que já vendeu mais de 3,5 milhões de exemplares, Julia Quinn constrói uma linda história que prova que de uma longa amizade pode nascer o amor mais profundo.

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É isso, galera, eu espero que aproveitem bastante a leitura da série, apesar de romance não ser meu gênero literário favorito ouvi bastante comentários positivos sobre a leitura. Depois que lerem venham me contar o que acharam, não esqueçam! Até a próxima postagem!

Beijos 

[PROJETO] Eterno - Patrini Viero

Hey, pessoas!

Mais um dia de projeto, e espero que vocês estejam curtindo tanto quanto eu ;) Hoje conhecerão o terceiro capítulo da história de Emma. Todos prontos para embarcar?!

SINOPSE: Emma Banks não passava de uma garota normal de 16 anos. Ia à escola, tinha amigos, e um pai amoroso que se dedicava a ela ardentemente. Ela não podia desconfiar os segredos que cercavam sua vida. Desde que se lembrava, Emma havia crescido apenas com o pai, já que sua mãe falecera quando era muito pequena. Apesar de não falarem sobre ela, Emma sabia que seu pai a idolatrava, e que ela era uma pessoa muito importante. Depois do rapto de seu pai e do aparecimento misterioso de um estranho garoto em sua casa, Emma começou a desvendar um mundo ao qual nunca podia imaginar que pertencesse. E agora estava nas mãos dela não só a sobrevivência de seu pai, mas também o futuro de uma espécie e o verdadeiro amor. Até onde você iria por quem mais ama?

ETERNO - CAPÍTULO TRÊS

Por um instante, Isaac ficou confuso, sem saber qual reação devia ter. Se ele corresse atrás dela, só ia dar ainda mais razão pra ela descontar nele sua raiva contra tudo que estava acontecendo, e se não ficasse ali parado, então a probabilidade de ela cometer alguma loucura seria imensa. Por via das dúvidas, ele decidiu segui-la. 
Emma entrou em seu quarto, mas não se deteve por muito tempo ali. Pegou um casaco, por mais que não estivesse frio, talvez apenas por costume, e logo depois bateu a porta da sala e saiu pra rua. Isaac não queria que ela o visse, por isso teve o cuidado de ficar a certa distância da menina, mas sem deixar de avistá-la. 
Ela seguia a passos decididos pra uma casa no fim da rua, e Isaac não sabia o que iria encontrar lá. Na verdade, isso o assustava. Tudo isso. O fato de ter saído do conforto do seu mundo, um lugar seguro para ele e seus irmãos, o assustava. O trágico destino de seu povo se ele não conseguisse proteger aquela garota o assustava. A guerra que aguardava sua gente o assustava. O que eles não tinham certeza de que viria ainda o assustava. Mas, o assustava mais ainda, o sentido aguçado dentro dele sempre que estava na presença dela, que o fazia acreditar que ela não era, e jamais havia sido, apenas uma desconhecida para ele.
Emma não sabia exatamente o que estava fazendo parada ali naquela varanda velha, de paredes gastas, que parecia desabar a qualquer momento. Foi a única solução que pareceu plausível e possível naquele instante, naquela situação. Com certeza Nora saberia o que fazer. Ela havia ajudado seu pai a cria-la depois que sua mãe havia falecido. Nora sempre soubera o quê e quando dizer, não seria agora, que sua garotinha precisava tanto dela, que iria falhar. 
Emma tinha certeza absoluta de que estava fazendo a coisa certa ao sair de casa, mas ao colocar os pés na varanda da casa da babá já não sabia de mais nada. Se fosse mesmo perigoso, então ela não queria envolver Nora nisso, não queria correr o risco de perder duas pessoas queridas, ela não suportaria isso. Já estava se virando pra ir embora novamente quando o rosto enrugado e gentil da mulher que sempre a acolhera e consolara tão bem apareceu na janela. Emma sorriu, praguejando baixinho enquanto Nora se dirigia a porta para deixa-la entrar. 
Ao vê-la, o coração de Emma se franziu de dor e alívio ao mesmo tempo, sensações contrárias que vinham ocupando espaços iguais no pensamento da garota durante aqueles dias terríveis. Ela nem tentou resistir ao ímpeto de se jogar nos braços abertos e aconchegantes de Nora, que parecia já saber o que estava acontecendo sem nem mesmo Emma proferir uma palavra. Assim, segura nos braços da babá, sentindo o cheiro floral e adocicado demais de seu xale, Emma se sentiu à vontade para desabafar. E foi por isso que ela chorou.
A essas alturas, Isaac já não sabia se invadia a residência da velha, ou se continuava esperando Emma sair lá de dentro. Alguma coisa dentro dele dizia que ele devia estar com ela naquele momento, mas o outro lado, mais forte talvez, sabia que ela precisava de um tempo sozinha pra digerir toda a situação. Foi por isso que ele fechou mais o casaco, deixando o ar cortante e gélido do lado de fora, e ficou ali, escondido na escuridão do poste queimado, aguardando a volta daquela que, por algum motivo que ele ainda não sabia, sentia que precisava proteger.
Nora trouxe chá de cidreira, aquele que, desde pequena, Emma ouvia que “curava tudo”. Apesar de não acreditar naquelas palavras, diante de tudo o que estava acontecendo era bom ouvir algo familiar. E não havia nada mais familiar do que aquele olhar que Nora estava lançando em sua direção. Ela aguardava pacientemente a hora exata em que a garota ia decidir contar tudo o que estava acontecendo, e a simples presença dela fazia tudo parecer mais fácil aos olhos de Emma.
- E então, querida, quando pretende me contar o que a trouxe até aqui? – apesar de tentar parecer calma, Nora deixava a ansiedade transparecer em sua voz – Não que não seja bem-vinda aqui, pequena, mas eu sinto que está acontecendo algo, e pra eu conseguir te ajudar, você precisa me contar.
- Eu sei, Nora, mas é difícil, as coisas não são tão simples, e eu estou completamente confusa... – eu não conseguia raciocinar direito, meus pensamentos corriam soltos, e eu não tinha controle para organizar minhas ideias.
- Querida, você sabe que pode me contar qualquer coisa, sempre tivemos essa confiança uma na outra, se eu puder fazer algo por você, não pensarei duas vezes e...
Nora parou de falar, por ter percebido que eu balançava a cabeça compulsivamente.
- Bem, Nora, é o seguinte: meu pai sumiu, a casa está uma bagunça, e eu simplesmente acordei numa bela manhã com um estranho invasor deitado ao meu lado. Nem sequer sei de onde ele veio, e ele me contou uma história doida sobre meu pai ter o mandado para me proteger, disse que eu precisava confiar nele, mas como eu posso fazer isso, Nora? Eu não sei mais o que pensar. Eu só queria dormir, abrir os olhos no outro dia e perceber que toda essa confusão não passou de um sonho ruim, que meu pais está de volta, que nunca mais vai me deixar, que a minha vida voltou ao normal e que eu posso ser feliz de novo, levar meus dias como uma garota normal, e ter dúvidas apenas sobre a roupa que eu vou usar no baile de formatura, e não com relação a quem eu sou de verdade.
Então, eu desabei de novo. Nora estava ali, e eu sabia que podia desabafar com ela, sabia que ela me entenderia, ela sempre entendeu. Ela me abraçou e me fez sentir confortável, por um milésimo de segundos eu consegui esquecer de todos os problemas e sentir realmente o carinho maternal que ela me passava. No momento em que nos afastamos, a realidade caiu sobre mim como uma tempestade furiosa, sem dó, sem compaixão, e minha paz se foi novamente. Pude ver lágrimas nos olhos de minha babá, e me pareceu que uma sombra de medo transpassou sua visão, sempre tão firme e delicada ao mesmo tempo.
Isaac esperou pacientemente Emma chegar até ele, na mesma posição em que permaneceu por horas. Apesar de sua vontade mandá-lo correr, gritar com ela por ter demorado, por não ter dito onde iria quando saiu de perto dele, apesar de ele querer apertá-la forte pra ter certeza que estava tudo bem, aguentou firme sua compulsão, e apenas seguiu ao lado dela no momento em que passou por ele, com passos decididos até a casa de onde haviam saído no início da tarde. Alguma coisa dizia a ele que Emma estava melhor agora, mais leve, e, inconscientemente, ele agradecia aquela mulher por isso: por tê-la feito se acalmar, por tê-la deixado mais confiante. Mas no fundo de sua mente ele sabia que quem devia assumir esse papel era ele próprio, e o medo de jamais conseguir transmitir a força que ela precisava era constante dentro do garoto.

[AUMENTA O SOM] Playlist: Hoje é dia de Rock, bebê!

26 agosto 2014

Hey, pessoas!

Hoje eu vim compartilhar com vocês mais uma playlist, que, óbvio, não podia ser de outro estilo musical. Gosto de rock desde que me conheço por gente, dos clássicos aos mais moderninhos, e vim mostrar um pouco desse gosto aqui no blog. No Aumenta o Som vocês vão conhecer as músicas que eu mais curto desse estilo. Vamos conferir?!

1. Smells Like Teen Spirit (Nirvana) - Quem me conhece sabe da paixão platônica que eu nutro pelo Kurt Cobain, e isso logicamente se estendeu a banda dele, o Nirvana, que não falta na minha playlist de todos os dias. Essa música é um clássico, e é indispensável a todos aqueles que curtem um pegada mais roqueira.


2. Sweet Child Of Mine (Guns'N'Roses) - essa música é linda, e é impossível ficar indiferente quando se escuta ela. Ou tu chora litros sem parar, ou tu dança feito doido, ou tu faz qualquer outra coisa, menos não fazer nada. É incrível, gente!


3. Nothing Else Matters (Metallica) - Essa é a música mais "romântica" da banda, caracterizada pelo seu rock pesado. Exatamente por isso ela é uma daquelas melodias que não saem da tua cabeça tão facilmente, ideal para curtir com o amor!


4. Wonderwall (Oasis) - Eu sou suspeita para falar dessa música, porque sou apaixonada por ela, mas garanto que se vocês perguntarem para qualquer pessoa que conhece a canção ela vai dizer o mesmo: é perfeita!


5. Back In Black (AC/DC) - Outro clássico do rock, é essencial para todos que querem entender o estilo, além de ser muito viciante. Ninguém que escuta uma vez não reconhece quando toca de novo em algum lugar!



6. Always (Bon Jovi) - A letra é fofíssima, a melodia é daquelas inesquecíveis e o conjunto ficou completamente imperdível. Se você ainda não conhece a música, corre, porque tá perdendo tempo!



7. I Don't Wanna Miss A Thing (Aerosmith) - Se vocês lerem a letra antes de escutarem a música dá para ter uma ideia do quão linda ela é. E a melodia combina exatamente com essa letra, é daquelas apaixonantes que a gente nunca mais esquece. Vale a pena conferir!



8. Bring To My Life (Evanescence) - Tenho certeza que você já ouviu essa música e ficou pensando nela por uns bons dias depois. Acertei? Pois é um sentimento bem comum, saiba que você não está sozinho. Ela é completamente viciante! Sem falar que a Amy Lee é linda, né, gente?



9. Numb (Link Park) - Os caras são demais, eles conseguem te prender na música deles do início ao fim, e logo de cara tu já vira fã, ou pelo menos, começa a procurar mais músicas deles para ouvir. Essa é clássica, e se ainda não conhece a banda é um ótimo jeito de começar.



10. Wake Me Up When September Ends (Green Day) - Para acabar a nossa playlist linda de hoje, nada melhor do que essa música que consagrou o Green Day como uma das minhas bandas favoritas. É impossível não ter dançado ao ritmo dela pelo menos uma vez na vida! E o clipe é lindo, gente, vejam, sério!



É isso, galera, espero que tenham curtido as músicas, e que eu tenha acrescentado algo ao Ipod de vocês haha Até a próxima postagem!

Beijos 

[RESENHA] Todo Dia - David Levithan

25 agosto 2014

Hey, pessoas!

Ok, eu sei. Andei sumida no fim de semana, mas por favor, culpem minha internet, que andava feito uma lesma desde sexta-feira. Mesmo não tendo sido por vontade própria peço desculpas. E fiquem vocês sabendo que pude adiantar bastante minhas leituras, portanto hoje, para compensar a ausência, trouxe uma resenha de um livro maravilhoso para vocês. Leitores e leitoras, conheçam Todo Dia, de David Levithan!


TÍTULO: Todo Dia
AUTOR: David Levithan
EDITORA: Galera Record
NÚMERO DE PÁGINAS: 279 páginas
AVALIAÇÃO: 
SINOPSE: Toda manhã, A acorda em um corpo diferente, em uma vida diferente. Não há qualquer aviso sobre quem será ou onde estará em seguida. De menina a menino, rebelde a certinho, tímido a popular, saudável a doente; A precisa de adaptar. Já se acostumou com isso e até criou algumas regras para si. Primeira: nunca se apegar; segunda: jamais interferir. E tudo corre bem... até que A desperta no corpo de Justin e conhece sua namorada, Rhiannon. A partir desse momento, as regras pelas quais tem vivido não fazem mais sentido. Porque, finalmente, A encontrou alguém com quem quer ficar; dia após dia, todo dia. Mas como esperar que uma pessoa que sempre viveu uma vida normal possa entender a realidade de A? Ou até mesmo acreditar nela? Enquanto lutam para se reencontrar a cada 24 horas, ambos precisam enfrentar seus próprios demônios, superar suas limitações e redefinir sua prioridades. Rhiannon conseguirá ficar com alguém que muda a cada dia? E até onde A acha justo (ou ético) interferir nas vidas de quem habita? Mas, principalmente, o amor pode mesmo vencer qualquer barreira?

A vida de A nunca foi normal. Desde criança ele sabia que era diferente. Nunca teve uma casa, uma família ou amigos. Ele nunca podia se apegar a ninguém, porque nunca acordava no mesmo lugar. A vida de A era pular de corpo em corpo, sem saber para onde iria ou quem habitaria a seguir. E ele só permanecia nesse corpo por um dia. A já havia se acostumado com isso, e estava lidando bem com a situação de não pertencer a nenhum lugar, até acordar no corpo de Justin. A princípio seria um dia normal, onde ele tentaria ao máximo deixar as coisas correrem sob seu ritmo normal, para não interferir na vida do garoto que havia emprestado seu corpo a ele (obrigado, claro, e sem saber de nada). Mas então ele conhece Rhiannon, a namorada de Justin, e logo de cara sente uma forte ligação com ela. E percebe que o garoto a quem ela ama não a valoriza de verdade. Decidido a dar um dia de sonhos a garota, ele encarna o papel de namorado amoroso, sem pensar muito nas consequências, que logo viriam. Contrariando todos os seus princípios e regras, ele se vê querendo encontrar a menina todos os dias, querendo tocá-la mais uma vez. Ele estava apaixonado.


A não sabia o que era ligar-se a alguém. Ele nunca havia sentido nada parecido, e mesmo assim continuou tentando reencontrar Rhiannon, mesmo inconscientemente. Ele já não ligava se ia levar seu hospedeiro com ele, mudar sua rotina ou quebrar seus valores, só queria vê-la de novo. E sabendo que Justin não a merecia, ele tinha esperanças de que ela o aceitasse. Mas sabia que nunca teria um lugar certo, e que seria injusto pedir a Rhiannon que aceitasse uma vida falsa. Independente de tudo isso, A consegue convencer Rhiannon de seu amor por ela, e também de seu dom (ou seria maldição?). Depois de a menina também compreender que está tão ou igualmente apaixonada por ele, eles passam a ver-se todos os dias, ignorando as dificuldades. Mas elas existem, e começam a ser mais fortes do que o que eles sentem. Será que o casal conseguirá ultrapassar todas as barreiras e finalmente ficar juntos? Será que o amor realmente supera tudo?

O livro é narrado por A, e desde o início ficamos sabendo o quão difícil é sua vida, apesar de ele já estar adaptado. Logo que li a resenha desse livro fiquei com muita vontade de ler de uma vez por todas, mas confesso que também sentia um pouco de receio, por temer não compreender a história, já que ela é diferente de tudo que já li. Quando finalmente o livro chegou as minhas mãos eu não resisti: mergulhei na trama, e não me arrependo.


Os capítulos contam o passo a passo dos dias de A, e vamos conhecendo um pouco de sua rotina, e regras. Logo no início me afeiçoei ao protagonista, e não conseguia desgrudar os olhos das páginas. Conforme a narrativa ia se alastrando, adentrei na história, e me senti realmente uma personagem dela. Os detalhes estão muito presentes no decorrer da narrativa, o que torna fácil a compreensão. apesar de ser um mundo e um tema desconhecido. Cada pessoa na vida de A é diferente da outra, e eu achei essa ideia genial, pois trabalha com a ideia de não-pertencer que, querendo ou não, todos nós já tivemos em alguma fase de nossas vidas. Sem falar nos temas atuais que surgem no decorrer do livro, dúvidas em relação a si mesmo e ao mundo que nos cerca e reflexões sobre essas mesmas dúvidas. Eu acho isso super válido, pois acaba tornando a leitura muito mais real, e não supérflua como costumam ser a maioria dos livros de ficção. É uma história que te emociona e te acrescenta ao mesmo tempo, e você acaba crescendo com as experiências das personagens.

Rhiannon me cativou bastante, e eu acabei me identificando muito com a personalidade dela, apesar de em alguns momentos eu sentir ela meio preconceituosa com relação ao que acontecia ao seu redor. Mesmo assim, ela é uma garota doce e apaixonada, o que faz com que tenhamos compaixão dela. Além disso é calada, e sente receio quanto a sua própria imagem, coisa que eu entendo muito bem devido a próprias vivências que já tive. As personagens do livro são de todo complexo, e cada uma delas te ensina algo. Não tem como chegar ao fim dessa história pensando ou sendo do mesmo jeito que era antes de ler.

Levithan realmente conseguiu construir uma narrativa fluida, de capítulos curtos e que te prende com muita facilidade. Uma palavra puxa a outra, e quando você se dá conta já está no fim do livro. Para mim, o pior da história foi saber que não há continuação. Eu realmente me apeguei demais ao livro, e passei vários dias tentando me recuperar do impacto que a trama me causou. Eu amei, tudo, desde as personagens, ao cenário, passando pelas histórias de vida de cada um, com todos os sofrimentos e incertezas.


Quanto à diagramação, confesso que a história foi tão boa que eu nem me importaria se ela fosse a pior do mundo (o que definitivamente não é). Ela é simples, sim, mas eu penso que isso combina com a trama, que, apesar de ser complexa em suas reflexões, é fácil e leve de se acompanhar. Os capítulos, como eu já disse, são as contagens dos dias de A, e cada um deles nos mostra uma personagem diferente, de quem A ocupa o corpo e as lembranças por um dia inteiro. Além disso há muitas mensagens de e-mails trocados por A com outras pessoas, o que também torna a diagramação mais bonita e delicada. A capa é perfeita, e já cria uma certa expectativa antes mesmo do livro ser aberto. E nesse caso posso dizer que as minhas expectativas forma mais do que totalmente atendidas.

Eu recomendo o livro, claro, mas já adianto que você vai se apaixonar e que vai precisar de um coração bem forte para o final (pausa para as lágrimas). A histórias trata de temas cotidianos, da forma mais delicada possível, como eles realmente pedem para ser tratados. O autor conseguiu construir uma trama envolvente, cheia de personagens e momentos marcantes, e eu confesso que não saberia dizer qual foi a melhor parte do livro, pois gostei de todas igualmente.

Cinco estrelas para Todo Dia, e se tivessem dez, eu daria todas elas, com méritos!

Eu espero que tenham gostado da resenha, e venham me contar o que acharam do livro se já leram (ou depois que lerem, porque vocês precisam ler!). Até a próxima postagem!

Beijos 

[TOP QUOTES #3] Bruxos e Bruxas - James Patterson e Gabrielle Charbonnet

21 agosto 2014

Hey, pessoas!

Hoje é dia de Top Quotes, e o livro é simplesmente sensacional, ficou difícil escolher apenas alguns trechos. Senhoras e senhores, apresento a vocês: Bruxos e Bruxas!

"De repente fui tomada pela sensação horrível, dessas de dar nó no estômago, de que aquela noite teria sido inevitável e que já estava programada para fazer parte da história da minha vida." (página 27)

"Olhei para todas as células do pavilhão. Vi um monte de rostos, uma criança mais assustada do que a outra. Todas vestindo uniformes grandes demais. Parecia que aquela prisão estava cheia de crianças, e de mais ninguém." (página 37)

"Até alguns dias atrás parecia que a pior coisa que poderia acontecer comigo era acordar com uma espinha enorme no rosto no dia de tirar foto para o anuário da escola. Como é que a vida que eu conhecia podia ter mudado tão rápido e ficado tão bizarra? Meu irmão e eu tínhamos acabado de ser condenados à morte." (página 56)

"Qualquer pessoa que já tenha passado por uma situação desastrosa como essa, ou mesmo que já tenha estado perto da morte, poderá contar que as coisas mais banais passam pela sua cabeça nesse momento." (página 79)

"Uma coisa eu já tinha aprendido: nada que passava por aquela porta podia ser bom." (página 91)

"Por que é que o tempo voa quando estamos nos divertindo, mas, quando você está ao volante despencando escadaria abaixo em um furgão cheio de crianças histéricas, ele praticamente para? As leis da física são tão injustas." (página 207)

"Talvez um fiapinho de fé ainda sobrevivesse dentro de mim também. Aquele 1% de chance de sobrevivência ao qual eu tinha me agarrado com tanta força antes. Eles tem medo de você. Eles tem medo de nós." (página 232)

"Então, tudo bem por aí, onde quer que você esteja? Escute, por favor: viva o momento, não se preocupe com o que vai acontecer depois. É o seu cérebro, a sua vida, a sua atitude... Vai lá e encha a sua vida de visões e sons e ideias que são maiores que você." (página 272)

Espero que tenham gostado das minhas escolhas, pessoal, e não deixem de ler o livro, ele é incrível! Até a próxima postagem!

Beijos 

[PALAVRAS SOLTAS #2] Liza and Jhon

E aí eu descobri o segredo, Jhon. Descobri porque eu rio a cada palavra que você escreve, um riso bobo e tímido, bem coisa de idiota apaixonada mesmo, um riso que o meu monitor já cansou de gravar, de fotografar, e que só floresce com as tuas declarações. Igualzinho aquele vermelho na bochecha a cada elogio teu, igual também aquele tremor súbito nas mãos que me faz colocar as letras em desordem e digitar completamente errado, igual ainda a aquela sensação boa, mistura de calor e alívio, quando sobe a tua janelinha e toca a tua/nossa música no celular, e então eu sei que você queria ouvir minha voz tanto quanto eu queria escutar a tua. E eu descobri junto com tudo isso que não foi de uma hora pra outra que eu me entreguei desse jeito. Foi aos pouquinhos, um pouquinho todo dia, e esses pouquinhos começaram a ficar maiores, e mais grandes a cada conversa que eu tinha contigo, e então eu comecei a me apegar demais, e esquecer de menos. E o meu dia começou a não valer mais a pena se não tinha a fala contigo, e as minhas mãos começaram a ficar geladas e a sentir necessidade de estar entre as tuas, assim como a minha mente começou a passar a tua imagem direto na minha cabeça, ajudada pelas fotos tuas que eu salvei (in)voluntariamente no computador. E o meu coração foi se aquecendo e se tornando mole demais quando se tratava de ti, e então eu imaginei a gente em cenas de filmes, cenas de casais bonitos, de casais felizes, e eu comecei a pensar que tudo contigo seria assim: feliz e completo. Feliz nas manhãs de domingo, mesmo que eu precise acordar cedo, feliz nas férias, mesmo que eu tenha que gastar minhas economias pra ir te ver, feliz em agosto, em setembro, de janeiro a janeiro, feliz daqui cinco ou cinquenta anos, feliz enquanto eu tiver você aqui comigo, mesmo que longe. E completo porque os meus dedos se encaixam nos teus, e as tuas músicas se encaixam em nós, completo porque eu sou inteira do teu lado, porque eu posso ser o que eu quiser quando estou contigo, completo porque eu aprendi a me completar contigo, completo porque eu te amo, e não consigo imaginar nada mais inteiro do que um sentimento correspondido. Na verdade, eu não quero mais imaginar nada onde você não esteja. Porque eu não sei mais não te incluir nos meus planos, afinal, hoje em dia, depois de todo esse pouquinho que se tornou muito, você acabou virando o principal e maior motivo de todos esses sonhos quando deito a cabeça no travesseiro. E sinceramente, é um dos motivos mais bonitos que eu poderia querer. Isso se deixar de fora o sorriso lindo, e toda essa vontade de estar junto que você me faz sentir. E se contar isso você se tornou tudo. Um tudo lindo e divertido, maluco e ciumento, e muito, mas muito, meu.

[RESENHA] P. S. Eu te amo - Cecelia Ahern

19 agosto 2014

Hey, pessoas!

Hoje é dia de resenha, e dessa vez eu trouxe para vocês um livro que eu estava doida para ler, principalmente depois de ver a adaptação cinematográfica dele. Com muito romance e emoção, confiram o que achei de P. S. Eu te amo, de Cecelia Ahern.



TÍTULO: P. S. Eu te amo
AUTOR: Cecelia Ahern
EDITORA: Novo Conceito
NÚMERO DE PÁGINAS: 365 páginas
AVALIAÇÃO: 
SINOPSE: Algumas pessoas esperam a vida inteira para encontrar sua alma gêmea. Mas essa não é o caso de Holly e Gerry. Eles eram amigos de infância, portanto conseguiam saber o que o outro estava pensando e, até quando brigavam, eles se divertiam. Ninguém conseguia imaginá-los separados. Até que o inesperado acontece e Gerry morre, deixando-a devastada. Conforme seu aniversário de 30 anos se aproxima, Holly descobre um pacote de cartas na qual Gerry, gentilmente, escreveu uma carta para cada mês da nova vida dela sem ele. Com a ajuda de seus amigos e de sua família barulhenta e carinhosa, Holly consegue rir, chorar, cantar, dançar, e ser mais corajosa do que nunca.


Holly tinha a vida que praticamente todos nós sonhamos: amigos fiéis, pais compreensivos, irmãos companheiros, um apartamento, e um marido perfeito. Ela vivia seu próprio conto de fadas, e imaginava não ser possível ser mais feliz. Infelizmente, a vida gosta de nos pregar peças, e com Holly não foi diferente. Depois de sete anos juntos, de muitas risadas e promessas trocadas, ela descobre que seu marido está morrendo, devido a um tumor no cérebro. Agora sua vida se resume a cuidar dele em tempo integral, esperando ansiosamente por um milagre.

Para tristeza de Holly, o milagre não chega, e Gerry acaba morrendo. A vida da moça muda completamente, e ela não mais se sente forte o suficiente para seguir em frente sem seu grande amor desde a infância. Então ela se fecha em seu mundo, e espera pacientemente até que seu dia chegue. Porém, Gerry tinha outros planos para ela.



Conforme seu aniversário de trinta anos se aproxima, Holly descobre um pacote, contendo cartas de Gerry para cada mês da sua nova vida sem ele. Nessas cartas ele dizia como deviam ser seus dias a partir de sua morte, e a encorajava a ser forte e seguir sua vida. As instruções eram claras, e Holly se viu surpresa por ele realmente ter cumprido a promessa de guiar sua rotina caso um dia viesse a faltar. Agora ela vivia de acordo com o que Gerry havia escrito, e aos poucos percebeu que estava finalmente colocando tudo novamente nos eixos. Reaproximou-se de seus amigos e familiares, permitiu-se diversões, e até mesmo arranjou um emprego que conseguiu amar. Ela ainda sentia falta de Gerry, mas era grata a ele por a ter ajudado, mesmo de longe. Com a ajuda de todos os seus entes queridos, ela conseguiu se reerguer, e viu que existia uma vida para ela depois da morte de seu marido.

O livro é narrado em terceira pessoa, e intercala a vida atual de Holly com flashes do que ela viveu com Gerry. No início achei um pouco confusa essa organização, mas depois que acostumei-me com ela passei até a achá-la interessante. Fica claro o quanto a vida de Holly girava em torno de sua relação com Gerry, tanto que ela fica sem chão quando o perde. Eu realmente estava ansiosa para ler o livro depois de ver a sua adaptação para o cinema, e pensei que ia me emocionar mais do que aconteceu. Infelizmente, as emoções não vieram. Eu não consegui simpatizar com Holly, ela foi a personagem mais infantil e egoísta com que me deparei até então. É claro que perder alguém que amamos não é nada fácil, e é lógico que você sofre muito com isso, mas em várias passagens do livro eu via uma Holly invejosa e rancorosa, que pensava que ninguém mais além dela sentia falta de Gerry, o que, confesso, me deixou um pouco irada com ela.


Admito, óbvio, que Gerry era realmente o cara que todas nós queríamos ter ao lado: em vida, era compreensivo e divertido, sempre fazendo sua amada rir, independente da situação. E mesmo depois de sua morte se fez presente e conseguiu mudar a vida de Holly. Foi a personagem pela qual mais me apeguei no livro, e logo de cara sofri por saber que ele não participaria efetivamente da história. Mas confesso que sua participação indireta fez toda a diferença para que eu não desistisse do livro nos momentos em que dava vontade de bater na cara de Holly.

A história é linda, e a ideia central do livro é super interessante. Adorei o episódio do pacote de cartas, das instruções, gostei de tudo, porém acho que a autora poderia ter focado menos nos dramas e lamentações de Holly, para que a leitura não se tornasse tão cansativa. Penso que há exageros nos detalhes de episódios que não fazem tanta diferença para a trama, e isso me deixou um pouco entediada também. Mesmo assim, cheguei ao fim do livro envolvida na história, e confesso que fiquei um tanto decepcionada com o desfecho da relação entre Holly e seu suposto amigo Daniel.


A autora usa uma linguagem fluida e de fácil compreensão, o que torna a leitura mais agradável. Achei muito fofos os episódios entre Holly e Gerry, e consigo entender porque a mocinha sofre tanto, mas, como disse antes, ela vive com pena de si mesma, e acha que todos devem vê-la como um mártir, e eu não acredito que isso fosse necessário. Gerry tinha muitos amigos, e era amado por todos eles, então não apenas Holly está sentindo sua falta, e acredito que ela não perceba isso.

Quanto a diagramação, achei os detalhes nos títulos dos capítulos maravilhosos, e penso que eles influenciam diretamente na aura romântica que o livro emite por natureza. A letra é mediana e não cansa a leitura, e os capítulos são curtos, o que possibilita uma maior fluidez para a história. As páginas são demarcadas pelo número correspondente a cada um, seguido por um coração pequeno logo abaixo desse número, e, como sou uma romântica assumida, amei esse detalhe. O livro é relativamente longo, mas eu não senti dificuldade em chegar ao seu final, apesar de a protagonista ter me incomodado visivelmente em vários trechos do livro. Independente disso, achei a história fofíssima, e consegui adentrá-la e vivê-la com suas personagens. Por criar expectativas com base no filme, creio que entrei na leitura esperando muito dela, e, apesar de não ter correspondido totalmente às minhas expectativas, também teve seus pontos altos.


Recomendo o livro para todos aqueles que, assim como eu, gostam de histórias que te fazem pensar sobre a efemeridade da vida e do quanto cada momento precisa ser aproveitado até o último minuto. A trama é romântica e gostosa de descobrir, e acredito que vocês vão gostar bastante, apesar de achar que o livro exige uma certa paciência por parte do leitor.

Espero que tenham gostado da resenha, e, se por ventura resolverem ler o livro ou ver o filme (de mesmo nome, ok, gente?), venham correndo me contar o que acharam. Até a próxima postagem!

Beijos 

[PROJETO] Eterno - Patrini Viero

18 agosto 2014

Hey, pessoas!

Hoje é dia de projeto aqui no blog, e eu vou apresentar para vocês mais um capítulo da minha história. Vamos conferir?!

SINOPSE: Emma Banks não passava de uma garota normal de 16 anos. Ia à escola, tinha amigos, e um pai amoroso que se dedicava a ela ardentemente. Ela não podia desconfiar os segredos que cercavam sua vida. Desde que se lembrava, Emma havia crescido apenas com o pai, já que sua mãe falecera quando era muito pequena. Apesar de não falarem sobre ela, Emma sabia que seu pai a idolatrava, e que ela era uma pessoa muito importante. Depois do rapto de seu pai e do aparecimento misterioso de um estranho garoto em sua casa, Emma começou a desvendar um mundo ao qual nunca podia imaginar que pertencesse. E agora estava nas mãos dela não só a sobrevivência de seu pai, mas também o futuro de uma espécie e o verdadeiro amor. Até onde você iria por quem mais ama?

ETERNO - CAPÍTULO DOIS

Quando Emma voltou a abrir os olhos, aquilo tudo que ela tinha vivido noite passada estava em sua lembrança como um pesadelo ruim que havia ido embora quando o sol nasceu. Mas ao perceber que seu quarto continuava desarrumado, e seu travesseiro encharcado por suas lágrimas, ela se deu conta de que havia sido bem real. Imersa em pensamentos, não notou quando sua janela se abriu de soco e um vulto passou por entre as duas folhas dela. Só voltou a si quando sentiu uma respiração ao pé do ouvido esquerdo, causando arrepios na sua espinha. 
Ao virar-se, ela viu que seu pesadelo iria continuar: não fazia a menor ideia de quem era aquele parado ao seu lado na cama. O cabelo loiro caía, tapando um de seus olhos muito verdes, parecidos com a árvore do seu quintal na primavera. As mãos grandes e calejadas estavam em seu queixo, sustentado o maxilar de traços másculos. A pele bronzeada dava a impressão de quem passara muito tempo exposto ao sol. A boca de lábios úmidos se encontrava entreaberta, deixando entrever os dentes brancos e reluzentes. A camisa aberta até o peito, estava ligeiramente desgastada, combinando com a calça jeans desbotada e surrada pelo tempo. Quando a viu acordada, ele pareceu ter se assustado mais do que ela mesma, seus olhos ficaram maiores, e ela poderia jurar que o havia visto vacilar por um breve momento, tão pouco duradouro que nem dava pra ter certeza se foi sua imaginação ou ele tinha mesmo ameaçado ir embora.
Ao se dar conta de que estava deitada ao lado de um estranho, que tinha invadido sua casa e parado ali, bem ao seu lado, sem permissão alguma, ela rapidamente pulou da cama e se pôs de pé, de braços postos de uma maneira exageradamente autoritária na cintura, esperando uma resposta, que aquele garoto não parecia nem um pouco inclinado a dar.
- E então, quando vou saber quem é você e o que está fazendo aqui? – ela tentou parecer brava, escondendo seus tremores internos ao máximo.
- Quem sou eu não faz diferença – ele respondeu, ríspido, como que encerrando o assunto.
Ao ver o olhar de pasmo da garota, que, revoltada, se preparava para um sermão sobre bons modos e invasão de privacidade, ele tentou remendar:
- Eu vim te proteger, e é só disso que você precisa: confiar em mim.
- Eu não vou confiar em você, meu pai sumiu e a não ser que você possa me levar até ele, peço que vá embora agora, antes que eu seja obrigada a tirá-lo daqui à força! – ela parecia mais irada do que ele havia previsto.
- Ele me disse que não seria fácil te convencer, mas não pensei que estava falando tão a sério.
- Quem te disse? Porque te mandou aqui? Porque eu? Onde está meu pai? – as dúvidas pairavam sobre sua cabeça, e de repente ela não conseguiu mais controlar: as deixou sair em uma torrente desesperada, até que foi vencida pela vontade ainda mais incontrolável de se desmanchar em prantos, e desabou na cama.
O garoto se aproximou dela, mas Emma se esquivou de seu toque. Tudo que ela precisava agora era ficar sozinha, para tentar encontrar uma maneira de chegar até seu pai. Esfregou seus olhos cansados, sentindo-os latejar com o seu toque, e saiu do quarto de uma maneira tão ágil que nem mesmo o olhar preocupado do garoto poderia acompanhar.

[TOP 5] Sagas que você precisa conhecer

17 agosto 2014

Hey, pessoas!

Hoje é dia de estreia de uma nova coluna aqui no blog, onde eu vou dar dicas sobre vários temas, inclusive sobre aqueles que vocês sugerirem nos comentários. Para começar nosso Top 5 com o pé direito, eu vou apresentar para vocês agora as sagas literárias que vocês não podem deixar de conhecer. Vamos conferir?!

1. Os Instrumentos Mortais



Os Instrumentos Mortais é uma série literária composta por seis livros de fantasia, escritos por Cassandra Clare. Dos seis livros da serie já foram todos lançado, sendo eles Cidade dos Ossos, Cidade das Cinzas, Cidade de Vidro, Cidade dos Anjos Caídos, Cidade das Almas Perdidas e Cidade do Fogo Celestial. A série se passa em uma Nova York futurística, e o enredo envolve criaturas sobrenaturais, humanos e mistérios que vão aos poucos sendo desvendados. É uma boa pedida para todos aqueles que gostam de séries fantásticas, em um universo paralelo onde tudo é possível. Garanto que não vão se arrepender.

2. Divergente


A saga escrita por Veronica Roth conta a história de Beatrice, uma garota que precisa escolher o destino de sua vida ainda na adolescência. A saga se passa em uma Chicago futurística, e é uma distopia fantástica, constituída por três livros, exatamente nessa ordem: Divergente, Insurgente e Convergente. Nos livros acompanhamos as dúvidas de Beatrice com relação ao seu futuro e a de todas a sua família, ao caminho a seguir e ao amor que ela passa a conhecer. Ótima saga para quem gosta de distopias, e se você ainda não conhece o gênero os livros de Veronica são uma bela porta de entrada.

3. As Peças Infernais


A série é paralela a Instrumentos Mortais, tendo inclusive alguns personagens em comum com ela, além da autora também ser a mesma. Ela centra sua trama em um grupo de raças chamado Seres do Submundo, e se passa na Londres Vitoriana, dez anos antes da paz travada entre os Seres do Submundo e os Caçadores de Sombras. É composta por três livros: Anjo Mecânico, Príncipe Mecânico e Princesa Mecânica. É uma história maravilhosa, que tem o poder de te envolver do início ao fim da leitura.

4. Estilhaça-me


Estilhaça-me conta a história de Juliette Ferrars, uma adolescente de 17 anos que nasceu com um estranho poder: o de matar as pessoas com um simples toque. Depois de acidentalmente causar a morte de uma criança, foi trancafiada em um manicômio. A série é incrível, e consegue te fascinar da primeira até a última linha. Eu particularmente amo, e creio que vocês sentirão a mesma coisa.

5. O Senhor dos Anéis


Criada por J. R. R. Tolkien, a história narra o conflito contra o mal que se alastra pela Terra-média, através da luta de várias raças - Humanos, Anões, Elfos, Ents e Hobbits - contra Orcs, para evitar que o "Anel do Poder" volte às mãos de seu criador Sauron, o Senhor do Escuro. A trama ocorre num tempo e espaço imaginário, a Terceira Era da Terra Média, que é um mundo inspirado na Terra real, mais especificamente, segundo Tolkien, numa Europa mitológica. A saga já foi adaptada para o cinema, em filmes cheios de emoção e efeitos especiais fantásticos. Apesar de os livros serem densos e demorados, a história é fluida e vale a pena ter paciência para chegar ao final, você vai se apaixonar.

É isso, gente, espero que tenham gostado do Top 5 de hoje, e aguardo sugestões de vocês para o próximo tema. Até a próxima postagem!

Beijos 

[PROMOÇÃO] Um mês de Livros Viajantes!

16 agosto 2014



Hey, pessoas!

No dia 14 desse mês de agosto o blog Livros Viajantes fez um mês. Sim, UM MÊS! Passou tão rápido. Eu gostaria de agradecer a todas as pessoas que me apoiaram no início desse meu novo projeto, e que realmente acreditaram na minha capacidade, até mesmo quando eu não acreditava, e também a todos aqueles que acompanham o meu trabalho de alguma forma. E para dizer obrigada direito, eu resolvi lançar uma promoção no blog, valendo três títulos da Harlequin (esses da foto aqui em cima). Bora participar e divulgar muito, povo! Vamos às regras?

1. Seguir o blog publicamente pelo GFC;
2. Ter endereço de entrega no Brasil;
3. Deixar um comentário nesse post com nome de seguidor e email válido para contato;
4. Preencher corretamente o formulário abaixo.

- A promoção começa hoje, dia 16/08, e termina no dia 07/09.
- O vencedor terá 48 horas para retornar o email de contato que será enviado, com todos os dados para postagem do prêmio, que não acarretará custos ao ganhador.
- Caso a resposta não ocorra no período estabelecido, o sorteio será refeito.

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[RESENHA] Bruxos e Bruxas - James Patterson e Gabrielle Charbonnet

14 agosto 2014

Hey, pessoas!

Hoje eu trouxe mais uma resenha para vocês, e hoje o escolhido é um livro cheio de ação e aventura: Bruxos e Bruxas, do autor James Patterson e Gabrielle Charbonnet.



TÍTULO: Bruxos e Bruxas
AUTOR: James Patterson e Gabrielle Charbonnet
EDITORA: Novo Conceito
NÚMERO DE PÁGINAS: 286 páginas
AVALIAÇÃO: 
SINOPSE: Em pleno século XXI, os irmãos Allgood, With e Whisty são arrancados de sua casa no meio da noite e jogados na prisão, acusados de bruxaria. Vários outros jovens como eles foram sequestrados, presos e outros desapareceram. Tudo isso acontece porque o mundo foi comandado por um novo governo "Nova Ordem", que acredita que todos os menores de dezoito anos são suspeitos e que praticam bruxaria. Quem comanda a N.O é O Único Que É O Único, e seu objetivo é tirar tudo que faz parte da vida de um adolescente normal, livros, música, arte, comandar o mundo e desvendar todos os segredos da magia. Qualquer forma de protesto contra a N.O será punida com muita rigidez e tortura, até que a pessoa possa completar dezoito anos, e assim ser condenado a morte. A missão dos irmãos Allgood é livrar o mundo desse novo regime e resgatar seus pais desaparecidos. Mas será que eles conseguirão enfrentar a Nova Ordem, salvar todos dessa tortura e encontrar seus pais?

O livro conta a história de Wisteria e Withford Algood, irmãos que vivem em um mundo comandado por um governo totalitário, que se intitula Nova Ordem, controlado pelo Único que é o Único, que decide as músicas, os livros e tudo o que a população pode ter acesso. Em uma madrugada, Wisty e With são sequestrados de sua casa e separados de seus pais, sob a acusação de bruxaria. Os garotos então são levados ao Reformatório da Nova Ordem. Lá eles conhecem o inferno: passam fome, sede e são visitados por um carrasco duro que os tortura cada vez que a resposta que quer não for dada pelas crianças.

Sem saber onde estão seus pais, e longe do mundo que eles conheciam, os irmãos Algood só tem um ao outro, e às vezes, a alma da namorada de With, que o visita em sonho. Depois de alguns dias presos, eles são levados a júri, onde são condenados por bruxaria, o que os garotos acham absurdo, pois não conseguem entender como podem ser feiticeiros se não há nenhum poder dentro deles. Os dias vão passando e a situação em que se encontram os irmãos só piora. Os pertences que trouxeram de sua casa em nada tem ajudado, pois apesar de seus pais terem os considerado importantes, os garotos ainda não sabiam como usá-los.

Apesar de presos, os irmãos não deixam sua rebeldia de lado, e continuam lutando contra os inimigos que encontram lá dentro. Depois de muitos episódios estranhos, eles finalmente se convencem de que realmente são capazes de usar a magia a seu favor, e não compreendem porque seus pais nunca falaram nada disso com eles. Por causar muitos problemas no reformatório, os dois irmãos são condenados à morte pelo Único que é o Único, e sua execução marcada para o dia seguinte à sentença. Eles então são visitados por Célia, namorada de Whit, que milagrosamente consegue tirá-los da prisão e levá-los até onde ela se encontra agora: a Terra das Sombras. Lá eles conhecem um grupo de rebeldes ao regime da Nova Ordem, que estão planejando a fuga de várias crianças presas no Reformatório. Depois de hesitar, eles decidem participar do plano, por acreditarem que seus pais também estariam presos no Reformatório.

Logo eles se veem envolvidos em profecias e lutas, que nunca imaginaram ser capazes de enfrentar. Em sua busca pelas origens, e pela família, Wisty e With nos levam a uma viagem sem igual em um mundo onde ninguém é seu amigo.



O livro é dividido em três partes, e cada uma se passa em um cenário diferente. Os capítulos são narrados pelos irmãos, que se revezam para apresentar suas visões da história. Confesso que no início achei isso meio confuso, mas depois que acostumei com esse método consegui acompanhar a história, e até mesmo achar a técnica interessante, pois nos deixa perceber o lado dos dois dentro da trama. O modo como os autores escrevem a história, utilizando uma linguagem mais próxima do público, e muitas vezes usando perguntas para manter um diálogo com o leitor, me deixou com uma sensação de estar participando do enredo, o que achei incrível, pois nos faz sentir e envolver-se mais com a história.

O enredo da trama é criativo e envolvente, e é impossível não se afeiçoar a Wisty, a garotinha rebelde, e With, o garanhão da escola. Conforme a narrativa vai correndo, vamos conhecendo melhor não só a personalidade dos dois, mas também seus pensamentos, dúvidas e medos, o que nos torna praticamente íntimos das personagens. Além disso, acredito que não os autores conseguiram dividir a história de uma forma com que não só os protagonistas fossem importantes, mas sim todas as personagens. Cada uma delas tem uma função dentro da trama, e um papel essencial no desenvolvimento da narrativa. Eu acho isso incrível, pois difere o livro de um forma única o torna ainda mais especial e interessante.



A diagramação do livro merece um parágrafo à parte aqui na resenha, pois a editora realmente fez um belo trabalho com relação a isso. As letras são medianas, e não tornam a leitura cansativa. Além disso os capítulos são curtos, o que deixa a história mais fluida e de fácil compreensão. Podemos, com isso, digerir e absorver melhor os acontecimentos, que não são poucos. Existe, no centro do livro, um mapa que mostra a divisão entre a superfície e o submundo, e eu achei isso incrível, porque além de tornar a história mais real, podemos acompanhar os roteiros percorridos pelas personagens. Sem falar que o trabalho gráfico é maravilhoso. A parte mais interessante do livro, a meu ver, depois da história muito bem narrada pelos dois autores, são os trechos de propaganda da Nova Ordem, que são praticamente um bônus ao leitor ao final do primeiro volume da saga. Ali nós conseguimos ficar a par do que é ou não proibido segundo o novo governo.

Tudo contribui para que nós leitores nos sintamos dentro da trama, correndo perigo e sofrendo com os protagonistas e seus amigos. Para mim, isso é um detalhe importantíssimo dentro de um livro, pois faz com que nos apeguemos a história, e fiquemos ainda mais ansiosos com o desenrolar dela. Eu estava completamente fissurada durante a leitura do livro, e felizmente, ele correspondeu às expectativas pós-leitura que eu havia criado. As crísticas positivas sobre a saga que eu ouvi foram comprovadas, e eu agora me junto aos fãs de Patterson para louvar a capacidade dele, juntamente com Charbonnet, de nos envolver na sua narrativa e criar um mundo onde nos sintamos definitivamente em casa.


Recomendo a leitura do livro a todos aqueles que estão dispostos a se aventurar e se apaixonar por mais uma aventura, e com certeza pretendo ler os outros livros da saga, que eu espero serem tão bons quanto o primeiro. E vocês, o que acharam da leitura? Me contem nos comentários! Até a próxima postagem!

Beijos