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[PROJETO] Eterno - Patrini Viero

18 agosto 2014

Hey, pessoas!

Hoje é dia de projeto aqui no blog, e eu vou apresentar para vocês mais um capítulo da minha história. Vamos conferir?!

SINOPSE: Emma Banks não passava de uma garota normal de 16 anos. Ia à escola, tinha amigos, e um pai amoroso que se dedicava a ela ardentemente. Ela não podia desconfiar os segredos que cercavam sua vida. Desde que se lembrava, Emma havia crescido apenas com o pai, já que sua mãe falecera quando era muito pequena. Apesar de não falarem sobre ela, Emma sabia que seu pai a idolatrava, e que ela era uma pessoa muito importante. Depois do rapto de seu pai e do aparecimento misterioso de um estranho garoto em sua casa, Emma começou a desvendar um mundo ao qual nunca podia imaginar que pertencesse. E agora estava nas mãos dela não só a sobrevivência de seu pai, mas também o futuro de uma espécie e o verdadeiro amor. Até onde você iria por quem mais ama?

ETERNO - CAPÍTULO DOIS

Quando Emma voltou a abrir os olhos, aquilo tudo que ela tinha vivido noite passada estava em sua lembrança como um pesadelo ruim que havia ido embora quando o sol nasceu. Mas ao perceber que seu quarto continuava desarrumado, e seu travesseiro encharcado por suas lágrimas, ela se deu conta de que havia sido bem real. Imersa em pensamentos, não notou quando sua janela se abriu de soco e um vulto passou por entre as duas folhas dela. Só voltou a si quando sentiu uma respiração ao pé do ouvido esquerdo, causando arrepios na sua espinha. 
Ao virar-se, ela viu que seu pesadelo iria continuar: não fazia a menor ideia de quem era aquele parado ao seu lado na cama. O cabelo loiro caía, tapando um de seus olhos muito verdes, parecidos com a árvore do seu quintal na primavera. As mãos grandes e calejadas estavam em seu queixo, sustentado o maxilar de traços másculos. A pele bronzeada dava a impressão de quem passara muito tempo exposto ao sol. A boca de lábios úmidos se encontrava entreaberta, deixando entrever os dentes brancos e reluzentes. A camisa aberta até o peito, estava ligeiramente desgastada, combinando com a calça jeans desbotada e surrada pelo tempo. Quando a viu acordada, ele pareceu ter se assustado mais do que ela mesma, seus olhos ficaram maiores, e ela poderia jurar que o havia visto vacilar por um breve momento, tão pouco duradouro que nem dava pra ter certeza se foi sua imaginação ou ele tinha mesmo ameaçado ir embora.
Ao se dar conta de que estava deitada ao lado de um estranho, que tinha invadido sua casa e parado ali, bem ao seu lado, sem permissão alguma, ela rapidamente pulou da cama e se pôs de pé, de braços postos de uma maneira exageradamente autoritária na cintura, esperando uma resposta, que aquele garoto não parecia nem um pouco inclinado a dar.
- E então, quando vou saber quem é você e o que está fazendo aqui? – ela tentou parecer brava, escondendo seus tremores internos ao máximo.
- Quem sou eu não faz diferença – ele respondeu, ríspido, como que encerrando o assunto.
Ao ver o olhar de pasmo da garota, que, revoltada, se preparava para um sermão sobre bons modos e invasão de privacidade, ele tentou remendar:
- Eu vim te proteger, e é só disso que você precisa: confiar em mim.
- Eu não vou confiar em você, meu pai sumiu e a não ser que você possa me levar até ele, peço que vá embora agora, antes que eu seja obrigada a tirá-lo daqui à força! – ela parecia mais irada do que ele havia previsto.
- Ele me disse que não seria fácil te convencer, mas não pensei que estava falando tão a sério.
- Quem te disse? Porque te mandou aqui? Porque eu? Onde está meu pai? – as dúvidas pairavam sobre sua cabeça, e de repente ela não conseguiu mais controlar: as deixou sair em uma torrente desesperada, até que foi vencida pela vontade ainda mais incontrolável de se desmanchar em prantos, e desabou na cama.
O garoto se aproximou dela, mas Emma se esquivou de seu toque. Tudo que ela precisava agora era ficar sozinha, para tentar encontrar uma maneira de chegar até seu pai. Esfregou seus olhos cansados, sentindo-os latejar com o seu toque, e saiu do quarto de uma maneira tão ágil que nem mesmo o olhar preocupado do garoto poderia acompanhar.

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