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Matéria-prima - Jonas Vendrame e Thaís F. Barbosa

30 abril 2021

Olá, viajantes!
A resenha de hoje traz para vocês um thriller cheio de ação, dos autores Jonas Vendrame e Thaís F. Barbosa: conheçam Matéria-prima, publicado pela nossa parceira Editora Skull!


TÍTULO: Matéria-prima
AUTORES: Jonas Vendrame e Thaís F. Barbosa
EDITORA: Skull Editora
NÚMERO DE PÁGINAS: 198 páginas
ANO DE LANÇAMENTO: 2020
SINOPSE: A vida de Dylan, um jovem pacato, é virada do avesso quando sua irmã desaparece, sem deixar rastros, da Universidade em que estava residindo. O Rapaz se vê obrigado a deixar seu lar no interior, no Texas, para ir em busca de sua irmã em Nova York. Sozinho e sem recursos, tudo se complica quando descobre que ela não é a única garota a ter sumido nos últimos meses, mas que há uma lista de mulheres com o paradeiro desconhecido. A cidade grande vai se revelando um cenário de grande perigo e que oferece a Dylan um jogo sangrento e com muitos enigmas a serem desvendados. Matéria-prima é um romance policial onde nada é o que parece, onde o amor, o sangue, o fogo da paixão e muitas intrigas se entrelaçam e se desdobram nas mais improváveis direções. “Em mãos assassinas, até uma rosa se torna suspeita”.

Dylan Harper é um típico habitante do interior, no Texas, que vê sua vida mudar completamente quando sua irmã mais nova, Sarah, vai estudar em Nova York. A família dos dois é constituída de apenas duas pessoas e, por esse motivo, a viagem de Sarah causou uma preocupação excessiva no seu irmão. Preocupação essa que aumenta à medida que Dylan não consegue contato com a garota, o que resulta em uma ida às pressas para a cidade grande, à procura da estudante. Lá, ele conhece Evans, seu parceiro na busca desenfreada pela irmã desaparecida. Ao mesmo tempo, Oliver e Elisa se conhecem e, rapidamente, se apaixonam. A atração entre eles se transforma em amor, enquanto seus caminhos se aproximam em definitivo de Dylan e Evans. O desenrolar dessa relação vai surpreender até mesmo o leitor com o faro mais aguçado!

Uma das palavras que melhor descrevem a leitura de Matéria-prima, para mim, é eletrizante. Os dois autores conseguiram conectar suas escritas de uma forma perfeita: ao contrário do que poderia acontecer, não dá para sentir a diferença entre as partes criadas por Jonas e as situações descritas por Thaís. Não tenho exata noção de como foi o processo de desenvolvimento do livro, mas o conteúdo apresentado dá ideia de uma construção conjunta, como se os dois autores realmente tivessem pensado em todos os detalhes juntos, como uma equipe. A coesão e a fluidez da leitura vêm justamente desse fato, na minha opinião.

Outro ponto importante a destacar na organização da trama é a forma como todos os elementos se interligam. Tanto personagens quanto acontecimentos estão, de alguma maneira, relacionados, mesmo que isso não se dê de forma direta. A história é construída em torno de um ponto central e, apesar de existirem narrativas paralelas à principal, no fim tudo remonta ao foco do livro. O resultado é um relato envolvente e desafiador, que prende o leitor e o faz querer desvendar cada peça desse quebra-cabeças.

Acerca das personagens, elas possuem um número bastante reduzido, o que é uma vantagem, a meu ver. Isso porque o risco de confundir o leitor com tantos nomes e funções dentro do enredo é excluído totalmente! Além disso, fica muito mais fácil se envolver com as personagens quando conseguimos conhecer elas de forma profunda, o que inclui saber seus sentimentos, entender suas decisões e compreender suas atitudes. O mais legal em Matéria-prima é que as protagonistas conseguem despertar sensações positivas e negativas em quem lê a obra: ao mesmo tempo em que queremos ajudar algumas das figuras que conhecemos, sentimos medo, receio e verdadeira versão a outros nomes que aparecem no decorrer da narrativa. Isso significa que a construção das personagens é um dos melhores aspectos do livro!

Por falar em elaboração, acho válido ressaltar que temos duas histórias relevantes aqui: uma delas envolve o Dylan e o Evans, enquanto a outra tem como protagonistas Oliver e Elisa. Os capítulos, portanto, se intercalam entre ambas as tramas, possibilitando ao leitor conhecer detalhes de tudo que ocorrer entre os quatro. A princípio, as duas situações não se misturam de forma alguma, mas, ao longo das páginas, tudo se funde e a gente consegue observar as conexões sendo feitas. Esse é um processo incrível de acompanhar!

Outro elemento relevante de ser destacado são as descrições. Elas estão presentes durante todo o livro e são uma maneira encontrada pelos autores de inserir o leitor diretamente na história, como se ele estivesse observando tudo de longe. Muitas vezes, inclusive, a descrição é a única forma de saber pelo que as personagens estão passando ou o que elas estão sentindo. Todos os adjetivos e a construção dessas partes da obra transformam o enredo em algo quase cinematográfico, que passa das páginas diretamente para a nossa realidade e nos envolve até a última linha! Ainda com relação às descrições, acho importante avisar aos leitores mais sensíveis que esse livro engloba um conteúdo violento um tanto explícito, com algumas cenas pesadas. Eu acredito que isso faz todo sentido dentro da trama, mas é sempre bom estar preparado quando essas situações ocorrerem!

Um dos pontos que ficou um pouco confuso para mim, na realidade, se relaciona à rosa: ela é um símbolo que aparece desde a capa do livro, mas, em seu conteúdo, esse elemento é apresentado apenas uma vez dentro da trama. Por esse motivo, eu não consegui entender exatamente o significado dela dentro do enredo. Acredito que, se houvesse um foco mais preciso nesse detalhe, esse sentido seria facilmente esclarecido. Ao mesmo tempo, penso que é fundamental compreender a simbologia da rosa dentro da história, porque isso me parece ser essencial para o entendimento final da obra. A relevância dessa clareza mora justamente nessa justificativa.

Por fim, cabe destacar que encontrei alguns equívocos de pontuação ao longo do livro, mas eles não interferiram na qualidade da leitura e no impacto que o livro tem sobre o leitor. Jonas e Thaís conseguiram construir uma narrativa coesa, fluida e bastante coerente, ao mesmo tempo em que tornaram o leitor uma parte ativa na história. O desfecho abre espaço para uma continuação e, eu preciso dizer, já estou ansiosa por ela e pelas novas escolhas que o Dylan precisará fazer! O livro é mais do que recomendado se você curte thrillers cheios de suspense e ação! Ficou com vontade de conhecer mais dessa histórias? Você pode adquirir seu exemplar na Amazon, clicando aqui. Mas tenha em mente que você estará adentrando esse universo por sua conta e risco. Até a próxima postagem, viajantes!

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