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[PRIMEIRAS IMPRESSÕES] Nunca Olhe Para Dentro - Amanda Ághata Costa

30 setembro 2017

Hey, pessoas!

Eu tô muito em dívida com vocês e sei disso. A faculdade tá me tirando todo e qualquer tempo livre, inclusive o das leituras e atualizações do blog. Juro que tô tentando me organizar direito, mas também não quero que as postagens sejam simplesmente para manter o blog ativo. Quero que o conteúdo seja legal para vocês, que seja interessante, como nossos leitores merecem. Peço que não desistam do LV, vou aprender a me administrar por aqui e então prometo que as coisas se regularizam.

O post de hoje é especial. Primeiro porque é sobre uma autora que, muito além de estar entre as minhas preferidas dentro do âmbito nacional da literatura, é também uma das minhas melhores amigas. E segundo porque o livro do qual vamos falar é especial desde que foi concebido. As primeiras impressões de hoje vão apresentar pra vocês o mais novo lançamento na Amazon de Amanda Ághata Costa: Nunca Olhe Para Dentro!



Título: Nunca Olhe Para Dentro
Autora: Amanda Ághata Costa
Sinopse: Nem sempre a vida é colorida como um quadro ou suave como uma pincelada, às vezes é o contrário de tudo isso. Depois de perder os pais em um acidente de carro aos oito anos de idade, a única coisa que Betina precisa fazer é encontrar o responsável por ter destruído sua família na noite que daria início à sua próspera carreira como pintora. Agora longe dos pincéis e das paletas, ela está focada em terminar a primeira graduação e procurar na justiça um pouco de consolo para o caos que o seu passado ainda traz. Ao lado de seus amigos e sob o teto de uma tia que a detesta, ela perceberá de que cores as pessoas são feitas, e do quanto é realmente necessário olhar para dentro de tudo aquilo que a assombra, mesmo que para isso precise passar por uma inesperada decepção.

Nunca Olhe Para Dentro é um livro intenso, do início ao fim. Nele, vamos conhecer Betina, uma garota sensível, encantadora e completamente apaixonada pela pintura, mas que viu sua vida ser definida para sempre por um acidente horrível no qual perdeu seus pais. A partir daquele momento, a garota sofre com uma série de mudanças, que incluem não apenas a perda da sua família, mas também a dor de ver o caso ser arquivado e seu pai ser responsabilizado pelo ocorrido. Lidando com a mágoa e com uma tia cruel e sádica, Betina precisa encontrar forças para recompor-se e ainda fazer o esforço de ir atrás da justiça por si mesma. Porém, um quadro nunca é feito apenas de duas cores, e o destino da nossa protagonista muda novamente ao se deparar com Nicolas. Betina se vê não só completamente envolvida, mas também apaixonada pelo garoto que a trata como ninguém havia feito antes. Dividida entre o amor, que traz a esperança colorida que Betina não mais havia se permitido sentir, e o desejo de ver tudo esclarecido no caso de seus pais, a garota vai ultrapassar barreiras muito maiores do que jamais podia imaginar; Betina precisa reaprender a valorizar as cores que existem dentro de si, e amar cada um delas.

Essas primeiras impressões são feitas a partir dos quatro capítulos iniciais do livro e por isso a visão da história em si é bastante pequena. Mas nesse mínimo vislumbre já é bem perceptível a carga sentimental que o título carrega: as emoções estão à flor da pele em cada linha, em cada metáfora utilizada, e isso faz nós, leitores, nos envolvermos logo de cara com o enredo e suas personagens.

Por falar em metáforas, o livro todo é cheio delas, e esse é um dos detalhes que eu mais amo em NOPD. Começando pelas cores, que são um elemento mais do que fundamental no livro, e chegando até mesmo a detalhes mais pequenos, como as flores com as quais Betina se apega ou a pelúcia que ela deixa em cima da cama, todos esses artifícios utilizados pela autora constroem um mundo de sentidos que vão muito além das palavras que nossos olhos alcançam: NOPD fala diretamente ao coração dos leitores. Nós nos embrenhamos nos pensamentos e sentimentos das personagens, conseguimos sentir cada minúscula dor, angústia ou alegria pela qual elas passam, e muito dessa identificação advém dos elementos em nada tradicionais dentro de um livro, mas que aqui se tornam principais para uma compreensão total da trama.

Nesses pequenos fragmentos destas primeiras impressões já somos apresentados a boa parte das principais personagens de NOPD: Betina, Nicolas, Cecília, Paola e Caio. Os dois últimos são os melhores amigos da Betina, e posso dizer sem sombra de dúvidas que são também a luz da vida da garota. São eles os grandes responsáveis pelos sorrisos que a Betina se atreve a dar e pela força em continuar lutando que ela encontra dentro de si. Paola e Caio são peças essenciais dentro da vida da protagonista, e é lindo acompanhar a amizade do trio: tudo ali é perfeitamente encaixado, como se eles fossem feitos para andarem juntos. Cada um deles compreende o outro, eles apoiam-se mutuamente em toda e qualquer situação e, apesar das personalidades bem diferentes, os três aceitam um ao outro e se ama, acima de tudo. O trio de amigos é um dos meus elementos preferidos dentro da história, e eu realmente acredito que a amizade foi representada de forma magnífica em NOPD por conta dessas personagens.

Betina é a protagonista da trama e é um tipo de personagem impossível de não amar. Doce e meiga, a garota tem a sensibilidade aguçada ainda mais pelo seu amor à pintura, que vem desde a infância. Todo o seu mundo desmoronou depois que ela perdeu os pais e foi entregue à tia, e sua vida desde então é feita literalmente de altos e baixos. Por conta de toda a dificuldade na convivência dentro do âmbito doméstico e por todas as perdas que a personagem já teve de enfrentar, Betina carrega consigo uma tristeza profunda e um sentimento de luto constante. Mas apesar de tudo isso, a garota não desiste de seguir adiante com sua vida, embora a resolução do acidente que levou seus pais seja uma das sua prioridades. A força e coragem com que Betina defende aqueles que ama e enfrenta o dia-a-dia com a tia é admirável, e me faz ter vontade de abraçá-la a todo momento e fazê-la ter certeza de quão incrível ela é. A Amanda construiu uma personagem que não existe apenas dentro do livro: ela salta das páginas diretamente para a nossa vida, e é incrivelmente fácil se apegar à doçura e fragilidade da menina, que se misturam todo o tempo com sua determinação e bravura. Betina é um mosaico inteiro de cores e, por mais que algumas vezes elas sejam ofuscadas pelas dificuldades que a vida impõe, elas não deixam de estar ali, presentes, lembrando-a do quanto ela é especial e única.

Nicolas é o mocinho da nossa história, mas nestes primeiros trechos ele nos é apresentado rapidamente. Médico dedicado, o garoto é muito mais do que competente e eficiente na profissão que escolheu: é também lindo de morrer, engraçado e extremamente sarcástico, algo que faz com a primeira interação com Betina não seja das melhores. Cheio de atitude, Nicolas será com certeza a página mais colorida da história da nossa protagonista desde o seu acidente, e já nesses primeiros capítulos fica possível notar que ele vai ser também essencial para que Betina tenha força e valentia de ir até o fim em seus objetivos e encontrar-se mais uma vez.

Cecília é a tia de Betina e também a responsável pela criação da garota depois que seus pais morrem no acidente. Mas estes primeiros trechos já deixam bastante óbvia a pessoa horrível que ela é: cruel, Cecília odeia Betina com todas as suas forças e faz questão de deixar isso claro em suas palavras e atitudes. É impossível a nós, nesse momento, compreendermos o motivo e a dimensão deste ódio, mas fica claro que ele não será benéfico para nenhuma das partes, e fará com que Betina enfrente mais dificuldades do que ela podia imaginar. Sob constantes ofensas e ameaças, Betina vive acuada pela tua dentro da casa que era pra chamar de seu lar, e é por isso que encontramos em Cecília a verdadeira "vilã" dessa história.

NOPD é um livro forte e dolorosamente real, que traz à tona temas indispensáveis de serem discutidos e repensados nos dias de hoje. Com essa história, a Amanda faz muito mais do que trazer personagens bem construídos, cenários cheios de detalhes e uma trama intrincada e complexa: ela nos coloca em posição de participantes ativos não só no enredo que está sendo narrado, mas em sociedade. E como participantes, somos investidos de responsabilidades para com quem, assim como Betina, precisa enfrentar demônios diariamente. E é por esse motivo que NOPD é uma obra tão marcante: porque nos ensina que somos capazes de transformar o mundo ao nosso redor em um lugar melhor, muitas vezes apenas com um carinho, uma visão mais atenta ou uma atitude. NOPD conquista nosso coração, ao mesmo tempo que nos dilacera e, com isso, nos faz enxergar dentro de nós as cores que achávamos estar escondidas. Aceitar e amar nossos próprios tons, sejam eles quais forem, é uma das mais lindas mensagens que esse livro nos traz, e isso fica explícito desde a sinopse.

Para você, leitor que se interessou pelo livro (tudo bem, eu sei que é impossível não ficar interessado, então não me olhem com essa cara), saibam que a história é muito mais do que esses quatro capítulos iniciais nos apresentam e a melhor parte é que ela será disponibilizada completa, com uma diagramação incrível e cheinha de amor para todos vocês na Amazon, no dia 03 de outubro. Marquem na agenda e preparem os lencinhos: NOPD promete suspiros prolongados e lágrimas, muitas lágrimas. Não esqueçam de me contar tudo que acharam do livro depois, hein? Até a próxima postagem (que eu prometo ser em breve)! Beijos!

Um comentário:

  1. Meu amoooor, muito obrigada por tudo! Por ter betado o livro, por trazê-lo aqui para o blog, pelo post incrível. Te vermelho muito!

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