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[DIVULGAÇÃO + ENTREVISTA] Autor J. Modesto

10 maio 2018

Olá, viajantes!

Como vocês já sabem, teremos entrevista e divulgação do nosso autor parceiro J. Modesto todo mês, pra apresentar as obras para os nossos leitores. Em breve vocês vão conferir as resenhas de todas elas, mas enquanto isso não acontece que tal se inteira sobre o universo de mais um dos títulos publicados pelo escritor? Conheçam agora Anhangá - A Fúria do Demônio!

Anhangá - A Fúria do Demônio

TÍTULO: Anhangá - A Fúria do Demônio
AUTOR: J. Modesto
EDITORA: Giz Editorial
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SINOPSE: 300 anos antes do descobrimento, um naufrágio no litoral brasileiro traz para o mundo ainda não explorado um demônio que logo será conhecido pelos nativos como Anhangá. Um feiticeiro mouro, único sobrevivente da tripulação da nau que trouxe o demônio aprisionado, um poderoso pajé e guerreiros de tribos rivais formam uma aliança para derrotar a criatura, sabendo que a morte os aguarda!

Crenças indígenas e folclore são inspirações para livro nacional 
Anhangá se passa 300 anos antes do descobrimento do Brasil.

Em busca de recordar a riqueza cultural do Brasil antes mesmo dessas terras serem descobertas e receberem este nome, o escritor J Modesto mergulhou em pesquisas sobre os índios, leu sobre Padre José de Anchieta e sobre os Tupinambás e estudou a gramática de Tupi-Guarani para construir o livro Anhangá – A fúria do demônio.

Inspirado pelo ilustríssimo Monteiro Lobato, Modesto quis escrever uma história mais adulta com as lendas do folclore nacional que até então haviam sido exploradas com o público infantil. 
No livro, uma caravela que traz consigo uma carga maléfica naufraga na costa de um mundo ainda inexplorado deixando livre um demônio poderoso que irá transformar um paraíso tropical num inferno sobre a terra. Para deter o ser maligno, um poderoso Pajé, juntamente com um feiticeiro mouro (único sobrevivente do naufrágio) e guerreiros Tupiniquins se unem para combater o demônio.

Uma das características adotadas para tornar a história um pouco mais adulta foi mesclar ficção com dados históricos. E o autor J Modesto conta a experiência: “Foi bem difícil, principalmente porque tive que alinhar a imaginação com fatos e evidências históricas sem descaracterizá-las, o objetivo era criar uma história fictícia que se encaixasse em fatos históricos já conhecidos”.

Publicado pela Giz Editorial, Anhangá é um livro o qual coragem, magia e sobrenatural se misturam. Ação, aventura, terror e suspense mostram suas garras nesta trama que narra uma batalha épica em um Brasil ainda por nascer.

Querem saber ainda mais sobre o livro? Fiquem com as palavras do próprio autor, na entrevista que ele concedeu ao blog!

1) Qual o enredo do livro?

O enredo é basicamente a lute entre o bem e o mal, e há a união de forças entre antagonistas para combater um mal ainda maior.

2) De onde surgiu a ideia para a história?

A ideia do enredo de Anhangá surgiu da vontade que tinha de escrever alguma coisa sobre o folclore brasileiro, mas sob uma perspectiva adulta. Como não quis escrever novamente sobre vampiros, decidi por em pratica o projeto de Anhangá.

3) O cenário da narrativa é mais uma vez brasileiro, e sabemos o quanto você, como autor, valoriza isso. Apesar disso, esse é um livro que envolve a história do país. Isso envolveu muita pesquisa, como se desenvolveu essa parte da trama?

As pesquisas duraram mais de oito meses e o texto foi reescrito várias vezes. A maior dificuldade foram as pesquisas, principalmente sobre os nossos índios. Encontrei um material escrito por Florestan Fernandes que discorria sobre a organização social dos Tupinambás e penso que poderíamos ter mais informações sobre esses povos. Com várias alterações, o livro teve 11 versões até ser concluído.

4) Um ponto bastante interessante nesse título, na minha opinião, é que ele não tem apenas um protagonista. Além disso, um dos elementos principais é um demônio, um ser mítico e envolvido por muitas lendas. Como aconteceu a criação desse personagem?

Bem, deixe-me ver como vou responder sua pergunta sem dar spoilers.  Anhangá, apesar de não ser um demônio na mitologia indígena, mas sim um dos seus deuses, que foi erroneamente equiparado ao diabo, pelos jesuítas, não carrega o mal como ele é concebido pela igreja. Então tive que resolver isso de uma forma criativa. Como fiz isso, bem, aí vão ter que ler o livro, rs.

5) Para você, qual foi a parte mais difícil da escrita deste livro, em especial?

Ele todo, por diversos motivos, dentre os quais já revelei alguns: A falta de informação sobre a vida e organização dos indígenas, lendas indígenas descritas de forma sucinta e simplória e dificuldades de encontrar coisas sobre a língua Tupi-Guarani. Some-se a isso a dificuldade de utilizar uma narrativa semelhante a feita em Trevas, tendo que me ater a uma mais clássica e focar na aventura.

6) Qual a grande diferença (se ela existe) entre Anhangá – A Fúria do Demônio e os outros títulos escritos por você?

É, de longe, o mais brasileiro de todos.

7) Esse é um livro que mistura diversos elementos culturais e históricos da trajetória do Brasil. Como foi lidar com outras culturas, das quais não temos tanto conhecimento quanto desejado, dentro do livro?

Foi bem difícil, principalmente porque tive que alinhar a imaginação com fatos e evidências históricas sem descaracterizá-las. O objetivo era criar uma história fictícia que se encaixasse em fatos históricos conhecidos. 

8) Existiu uma parte em que você mais se divertiu ou se emocionou na escrita do livro? Se sim, qual foi?

Sim, a batalha final entre o demônio e os deuses, que se aliaram aos protagonistas (Iara e Curupira). 

9) O que o público pode esperar de Anhangá – A Fúria do Demônio?

Uma nova visão sobre os índios e suas crenças, se divertindo com uma história genuinamente brasileira e, quem sabe, sentir um pouquinho mais de amor pelo nosso país, que está precisando muito.

10) Deixe uma mensagem aos leitores.

Agradeço a todos a oportunidade e espero encontrar os leitores, fãs ou não, para um bate-papo, assim que possível. Um grande abraço!

Curiosos? Eu estou! Não vejo a hora de ler o livro e vir correndo contar tudo pra vocês (sem spoilers, claro!). Até a próxima, viajantes!