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[ENTREVISTA] Autor J. Modesto

26 março 2018

Olá, viajantes!

Como vocês viram no post anterior, o blog firmou parceria com mais um autor nacional, J. Modesto, e estamos muito felizes com isso. A cada mês vocês terão uma obra do autor resenhada aqui no LV, então fiquem ligados! Antes da resenha, é interessante que vocês conheçam não só a obra a ser lida no respectivo mês, mas também um pouco de como foi o processo de escrita desse livro para o autor. Assim, nossos viajantes tem a oportunidade de conhecer mais a fundo o título do qual estamos falando e o próprio escritor. Vamos, então, começar a viagem!

Autor se inspira em cinema e super-heróis para escrever terror

Trevas mistura realidade e ficção e resgata o mito do vampiro. O livro Trevas narra a história de um embate de forças antagônicas e se destaca pelo modo como essa luta é feita. Os personagens se unem para enfrentar um mal maior e o texto é trabalhado em um formato para parecer que o leitor está assistindo a um filme. Escrita por J Modesto e publicada pela Giz Editorial, a obra foi lançada em 2006 e registrou sucesso de vendas no lançamento.

Para escrever Trevas, o autor se inspirou em suas experiências e também realizou pesquisas para construir esse livro. Para o autor este livro traz muito de sua essência e de seu gosto por HQs, histórias policiais e de terror. Nessa história Modesto passa a mensagem de que a vingança contra algo ou alguém pode existir, mas que isso trará consequências. Uma trama que prende o leitor do início ao fim e possui personagens bem construídos e que instigam a vontade de ler.

Livro: Trevas
Autor: J Modesto
Editora: Giz Editorial
Gênero: Terror
Ano:  2006
ISBN:  8599822241
Encadernação: Brochura
Páginas:  288
Link para compra
Sinopse:
 O Sol ardente contribuía para irradiar a luz própria das igrejas da Cidade do Vaticano. Cenário ideal para uma misteriosa conversa entre o Cardeal Giglio e Sua Santidade, o Papa. Diante de um secreto dossiê, o Papa dá carta branca ao cardeal, para combater o Mal com o Mal. Perante tal contexto, não se iluda o leitor que está diante de uma mera ficção religiosa. O autor, J. Modesto reuniu neste livro suas diversas cenas de terror e suspense, e que, de forma inteligente contextualizou-as no submundo do tráfico de entorpecentes de São Paulo e Rio de Janeiro. Lugar no qual o bem e o mal, o certo e o errado, confrontam-se diariamente, mas do que se possa imaginar. Com esta mistura engenhosa de realidade e ficção, o leitor se depara frequentemente com a dúvida do que é ou não real.
Para aquele leitor curioso (que eu sei que no fundo todos somos), o autor J. Modesto gentilmente aceitou responder uma entrevista sobre a obra em questão, que vocês conferem na íntegra aqui embaixo.

1. Antes de falarmos sobre a obra, poderia fazer uma pequena apresentação aos leitores que ainda não conhecem sua escrita?

Claro! Sou Arquiteto e Urbanista, formado pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, pós-graduado em Gestão Empresarial, palestrante, administrador de empresas há quase 35 anos e adoro literatura. Tenho como meus inspiradores escritores como Bram Stoker, Edgard Allan Poe, Stephen King, Clive Baker e o mestre dos mestres H. P. Lovecraft. Sou fã ardoroso de cinema e HQs.

2. Com relação à vontade de se tornar escritor, em que momento ela surgiu? Como se desenvolveu?

Gosto de escrever desde minha juventude. Tomei gosto pela leitura lendo os gibis da Turma da Mônica, e desde então não parei mais, evoluindo para as HQs da DC/Marvel e livros. Tive várias fases, indo desde literatura policial (Agatha Christie, Edgar Wallace, etc), passando por livros de aventura, em especiais aqueles que tinham como pano de fundo as artes marciais (James Olsen, James Clavel, etc), ficção cientifica (Issac Asimov) e tantas outras, até chegar ao terror. De um leitor ávido, passei a rabiscar alguns contos, até minha estreia, em 2006, com o Trevas.

3. Trevas foi sua primeira obra publicada. Qual foi o ponto de partida para a criação do livro? Como e quando a história começou a tomar forma?

O Trevas teve origem num pequeno conto, que escrevi na minha adolescência, mas que só foi ganhar corpo muitos anos depois. A narrativa, na verdade, foi inspirada em muitas coisas de que gosto e gostei na época. Pratiquei karatê por muitos anos, e gosto de artes marciais, como também gosto de cinema, literatura policial, HQs, em especial da DC e Marvel e, é claro, terror. Tudo isso o leitor encontrará no livro Trevas, então é difícil dizer o que o inspirou. Na verdade foi um conjunto de coisas e não uma história específica. O que posso te dizer de antemão é que não foi uma história de vampiro. O livro originalmente era sobre demônios, tanto que o título original era “Demônio Elemental”. O vampiro, que depois iria se tornar um dos protagonistas, entrou na história bem depois. 

4. Qual é o enredo de Trevas? De onde surgiu a ideia para ele?

O enredo de Trevas é bastante simples. Narra o embate de forças antagônicas, mas o que o difere dos demais é a forma como isso é feito. O destino acaba colocando personagens antagônicos como aliados para enfrentar um mal maior, personificado em um demônio elemental, que tem o poder de manipular o elemento terra. Todo o texto é escrito de forma a dar a impressão de estar assistindo um filme, possuindo cenas em que o leitor pode ter um breve vislumbre da mesma situação sob a ótica de vários personagens.

5. Quais as maiores dificuldades que você encontrou enquanto estava escrevendo?

A maior dificuldade que encontrei em Trevas  foi a obrigação de manter a coerência e verossimilhança da história. Mesmo sendo uma ficção, ela deve ser coerente. A história fluiu naturalmente, mas a revisão foi um pouco mais demorada, devido a que acabo de relatar.

6. Como os personagens foram construídos? De onde veio a inspiração para eles?

Como já disse antes, a inspiração, tanto para a construção da narrativa, quanto dos personagens, veio de minhas próprias experiências. Todas essas coisas que gosto, e já citei nas outras questões, estão presentes na história e, consequentemente, nos personagens.

7. No que se refere à lenda dos vampiros utilizada, por que a escolha dessas criaturas?

Sou bem tradicional quando se refere a lendas e costumo inovar pouco. Em Trevas o leitor irá encontrar vampiros bem próximos do vampiro clássico. Já a escolha passa por uma questão comercial. A história origina era sobre demônios. Por ser meu livro de estreia, e vampiros ter uma boa aceitação do público, o editor sugeriu que se incluísse um vampiro na história. A princípio ele seria um mero figurante, mas conforme a narrativa foi sendo reescrita, o personagem tomou uma dimensão bem maior do que o esperado e acabou se tornando um dos protagonistas.

8. O cenário da obra é em território brasileiro e traz também um caráter religioso. Isso influencia de alguma maneira na trama em si?

Não. A história poderia acontecer em qualquer parte do mundo, mas por ser brasileiro, quis valorizar o que é nosso. Porque uma história desse tipo não pode acontecer no Brasil? Só se for por puro preconceito, e isso em não tenho. Sou de uma época em que se estudava Educação Moral e Cívica nas escolas, e tenho um carinho muito grande por meu país. Se os grandes escritores narram historias que acontecem em seus respectivos países, por que não posso? Trevas veio para provar que posso e, ainda hoje, é meu título de maior sucesso e vendagem. Estou negociando uma terceira edição, agora pela minha atual casa editorial, a LIVRUS. O próximo passo é buscar alcançar as terras de além mar. Vamos ver se é possível.

9. O que os leitores podem esperar do livro Trevas?

Diversão e muitas surpresas.

10. Deixe um recado para nossos viajantes dos livros.

Antes de mais nada, gostaria de agradecer a oportunidade dada e convidar a todos a mergulhar no mundo fantástico de Trevas. Tenho certeza de que não irão se arrepender. Um grande abraço!

E aí, curtiram a postagem? O LV quer agradecer imensamente ao autor por ter topado essa entrevista, e esperamos que essa parceria renda lindas resenhas pra todos vocês, viajantes! Até a próxima viagem!

[PARCERIA] Autor J. Modesto

06 março 2018

Olá, viajantes dos livros!

A postagem de hoje é bastante especial, porque viemos anunciar mais uma parceria para o blog. Como vocês sabem, apoiar a literatura nacional sempre foi um grande compromisso do LV, e esse é mais um autor de terras brasileiras que entra à bordo para nossa viagem. Quero que vocês conheçam J. Modesto!


J. Modesto é paulistano, nascido em 1966 e formado em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Publicou o primeiro livro, Trevas, em 2006. Já em 2008, participou da antologia Amor Vampiro, junto com outros seis autores. Por conta desta obra ganhou o prêmio Codex de Ouro de melhor antologia em conjunto com os contos Amante Notívago e O Anjo e a Vampira. No mesmo ano lançou Anhangá – A Fúria do Demônio, que foi destaque na Bienal do Livro. Em 2011 o autor participou da coletânea Anjos Rebeldes e em 2012 da coletânea O Livro do Medo. As obras mais recentes do autor são Vampiro de Schopenhauer (2012), Joelma - Antes da escuridão (2014) e Vampiresa (2017). Modesto é fascinado pelos gêneros de terror e suspense, tem entre seus ídolos H.P. Lovecraft, Stephen King, Mary Shelley, Anne Rice e Edgar Allan Poe. Ele também histórias em quadrinhos, cinema e literatura fantástica, vem se tornando um ícone do gênero literário nacional. Em conjunto com outros autores fundou o site Fontes da Ficção.



O Sol ardente contribuía para irradiar a luz própria das igrejas da Cidade do Vaticano. Cenário ideal para uma misteriosa conversa entre o Cardeal Giglio e Sua Santidade, o Papa. Diante de um secreto dossiê, o Papa dá carta branca ao cardeal, para combater o Mal com o Mal. Perante tal contexto, não se iluda o leitor que está diante de uma mera ficção religiosa. O autor, J. Modesto reuniu neste livro suas diversas cenas de terror e suspense, e que, de forma inteligente contextualizou-as no submundo do tráfico de entorpecentes de São Paulo e Rio de Janeiro. Lugar no qual o bem e o mal, o certo e o errado, confrontam-se diariamente, mas do que se possa imaginar. Com esta mistura engenhosa de realidade e ficção, o leitor se depara frequentemente com a dúvida do que é ou não real.


Nos primeiros dias após a fundação da vila de São Paulo de Piratininga, o Padre Jesuíta José de Anchieta tenta acalmar um indiozinho aflito que se escondera no pequeno barracão do colégio. O medo do maléfico demônio Anhangá é o motivo do pavor do menino de pele avermelhada. Com todo o carisma que possuí, o jesuíta acolhe o pequenino enquanto a natureza, lá fora, demonstra toda a sua fúria através de uma tempestade que castiga impiedosamente a vila, sem saberem que o Mal está bem próximo. 




Até as suas convicções irão mudar! Arthur Schopenhauer foi um dos maiores filósofos alemães do século XIX. Seu pensamento era caracterizado por não encaixar-se em nenhum dos grandes sistemas de sua época. Ele introduziu o Budismo e o pensamento indiano na metafísica alemã. Ficou conhecido por seu pessimismo e sua visão sobre a Morte, a Imortalidade e o Divino, mexendo com os alicerces da Filosofia da época. Agora, imagine esse homem ranzinza e pouco sociável, no auge de sua fama e pouco tempo antes de sua morte, encontrando-se com um ser Imortal, com séculos de existência, avesso ao divino, cuja própria existência coloca em xeque os fundamentos de tudo que ele acredita.




Em 1974, uma das mais modernas e imponentes construções da cidade de São Paulo ardeu em chamas, num dos mais traumáticos incêndios de que se tem notícia. As chamas teriam supostamente começado, de forma misteriosa, em um aparelho de ar condicionado. Se espalharam rapidamente, vitimando centenas de pessoas, e provocando mais de 190 mortes. A fama de edifício amaldiçoado perdurou desde então, mas o que poucos sabem é que sua aura, que impregnou suas paredes de concreto, teve início muito tempo antes. Conheça, agora, os fatos que deram origem ao chamado Enigma do Edifício Joelma. A maior Lenda Urbana da capital paulista. 




Amor! Por ele, uma Condessa foi levada a se tornar uma criatura das trevas. E, em meio a essa sua nova existência, transformou-se uma predadora fria e cruel. Contudo, séculos depois, a condessa se depara com alguém muito mais poderoso, que, munido de sua Katana e de venenosas estrelas de prata, vem dizimando os inimigos naturais de sua raça, e, agora, volta sua atenção para os de sua espécie. Mas aquele antigo sentimento, que custara sua humanidade, retorna com toda a força, ditando o relacionamento confuso entre os oponentes. VAMPIRESA é uma eletrizante aventura, que passa pelo Japão feudal, visitando a Idade Média, e chegando aos nossos dias. Imperdível!

Minha relação com os vampiros, como alguns de vocês já sabem, vem desde muito cedo. Eu me interesso muito pela criatura, pelas lendas em torno dela, e por isso estou bem ansiosa pra conhecer as histórias desses livros. Agradeço ao autor pela confiança em nosso trabalho!

E vocês, já conheciam a obra do autor? Me contem tudo nos comentários! Até a próxima postagem, viajantes!