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[TOP 5] Setembro Amarelo: é melhor falar!

23 setembro 2015

Hey, pessoas!

O Top 5 de hoje é extremamente especial: vamos apoiar o Setembro Amarelo, movimento indispensável ao bem estar de todos os jovens e famílias não só do nosso país, mas do mundo.

O Setembro Amarelo é um movimento surgido no ano de 2015, com o intuito de esclarecer as pessoas sobre o suicídio na adolescência, tragédia que vem acumulando vítimas ao longo do mundo. Estimulado internacionalmente pela Associação Internacional pela Prevenção do Suicídio (IASP), a campanha consiste em iluminar ou sinalizar locais públicos com faixas ou símbolos amarelos. No nosso país, uma das organizações responsáveis por dar voz ao movimento é o CVV, com sede em mais de 70 estados. 



O blog Livros Viajantes, consciente da importância deste tema, também se mobilizou, do nosso jeito, é claro! O nosso Top 5 de hoje vai elencar cinco dos melhores livros que tem o suicídio na adolescência como tema, com o objetivo de incentivar muito mais do que a leitura: buscamos com isso alertar para a situação de jovens que possam estar passando por situações de risco, e também mobilizar as pessoas a conversarem e debaterem sobre o tema, procurando melhores formas de abordá-lo e esclarecê-lo para aqueles que realmente cogitam essa hipótese.

1. Os Treze Porquês



Ao voltar da escola, Clay Jensen encontra um misterioso pacote com várias fitas cassetes. Ele as ouve e se dá conta de que foram feitas por uma colega de classe que cometeu suicídio duas semanas antes. Nas fitas, ela explica que 13 motivos a levaram à decisão de se matar. Clay é um deles. Agora ele precisa ouvir tudo até o fim para descobrir como contribuiu para esse trágico acontecimento.

O livro narra, do modo mais claro possível, o drama de uma adolescente, que passava por contínuas humilhações em sua escola, e acabou por tomar a decisão de tirar a própria vida. O mais interessante no livro é que ele consegue mostrar essa situação de uma maneira inovadora, inserindo na trama elementos que transformam a leitura em algo único e indispensável a qualquer jovem.

2. As Virgens Suicidas



Durante uma festa em sua casa, Cecilia Lisbon, uma garota de 13 anos se joga de uma janela do segundo andar sobre a cerca de ferro. Como uma maldição, num período de um ano, todas as cinco irmãs Lisbon cometem suicídio. Comprimidos, enforcamento, todas as formas são válidas para que, uma a uma, Lux (14), Bonnie (15), Mary (16) e Therese (17) encontrem seu caminho para a morte. A tragédia marca tanto a rotina da vida local que uma investigação é levada a cabo pelos garotos da vizinhança. Passados 20 anos, eles reúnem um mórbido acervo de evidências, que vão desde entrevistas com parentes até diários e boletins de química.

Este foi um livro que mexer extremamente comigo quando o li. Fiquei inevitavelmente refletindo sobre as situações apresentadas e as consequências que atos muitos vezes impensados ou inconscientes podem trazer. O filme também foi adaptado para o cinema, então não há desculpas para não conhecer a história.

3. A Playlist de Hayden

A Playlist de Hayden

Depois da morte de seu amigo, Sam parece um fantasma vagando pelos corredores da escola, o que não é muito diferente de antes. Ele sabe que tem que aceitar o que Hayden fez, mas se culpa pelo que aconteceu e não consegue mudar o que sente. Enquanto ouve música por música da lista deixada por Hayden, Sam tenta descobrir o que exatamente aconteceu naquela noite. E, quanto mais ele ouve e reflete sobre o passado, mais segredos descobre sobre seu amigo e sobre a vida que ele levava. A PLAYLIST DE HAYDEN é uma história inquietante sobre perda, raiva, superação e bullying. Acima de tudo, sobre encontrar esperança quando essa parte parece ser a mais difícil.

A Playlist de Hayden é um livro estimulante para qualquer adolescente. Com uma narrativa de fácil identificação, o tema suicídio se encontra presente do início ao fim do livro, mas não de uma forma densa ou pesada. Intercalando com músicas e vários outros elementos do universo adolescente, o mais interessante neste título é o fato de ele mostrar com clareza as consequências desse ato radical na vida daqueles que ficam.

4. Por Lugares Incríveis

Por Lugares Incríveis

Dois jovens prestes a escolher a morte despertam um no outro a vontade de viver. Violet Markey tinha uma vida perfeita, mas todos os seus planos deixam de fazer sentido quando ela e a irmã sofrem um acidente de carro e apenas Violet sobrevive. Sentindo-se culpada pelo que aconteceu, Violet se afasta de todos e tenta descobrir como seguir em frente. Theodore Finch é o esquisito da escola, perseguido pelos valentões e obrigado a lidar com longos períodos de depressão, o pai violento e a apatia do resto da família. Enquanto Violet conta os dias para o fim das aulas, quando poderá ir embora da cidadezinha onde mora, Finch pesquisa diferentes métodos de suicídio e imagina se conseguiria levar algum deles adiante. Em uma dessas tentativas, ele vai parar no alto da torre da escola e, para sua surpresa, encontra Violet, também prestes a pular. Um ajuda o outro a sair dali, e essa dupla improvável se une para fazer um trabalho de geografia: visitar os lugares incríveis do estado onde moram. Nessas andanças, Finch encontra em Violet alguém com quem finalmente pode ser ele mesmo, e a garota para de contar os dias e passa a vivê-los.

Esse foi um dos livros mais emocionantes que eu já tive o prazer de conhecer. Daquele tipo de história que fica na cabeça mesmo depois da última página. A relação entre os protagonistas é o foco do livro, mas a forma como a autora aborda as dúvidas e medos que os afligem, levando-os a escolher o caminho do suicídio, é extremamente sutil e envolvente. Impossível não repensar as nossas próprias atitudes após essa leitura!

5. Reconstruindo Amelia

Reconstruindo Amelia

Kate Baron, uma bem-sucedida advo­gada, está no meio de uma das reuniões mais importantes de sua carreira quando recebe um telefonema. Sua filha, Amelia, foi suspensa por três dias do Grace Hall, o exclusivo colégio particular onde estuda. Como isso foi acontecer? O que sua sensata e inteligente filha de 15 anos poderia ter feito de errado para merecer a punição? Sua incredulidade, no entanto, vai aos poucos se transformando em pavor ao deparar, no caminho para o colégio, com um carro de bombeiros, uma dúzia de policiais e uma ambulância com as luzes desligadas e portas fechadas. Amelia está morta. Aparentemente incapaz de lidar com a suspensão, a garota subiu no telhado e se jogou. O atraso de Kate para chegar a Grace Hall foi tempo suficiente para o suicídio. Pelo menos essa é a versão do colégio e da polícia. Em choque, Kate tenta compreender por que Amelia decidiu pôr fim à própria vida. Por tantos anos, as duas sempre estiveram unidas para enfrentar qualquer problema. Por que aquele ato impulsivo agora? Suas convicções sobre a tragédia e a pró­pria filha estão prestes a mudar quan­do, pouco tempo depois do funeral, ela recebe uma mensagem de texto no celular: Amelia não pulou. Alternando a história de Kate com registros do blog, e-mails e posts no Fa­cebook da filha, Reconstruindo Amelia é um thriller empolgante que vai surpreender o leitor até a última página.

Este é um thriller psicológico que tem o suicídio como plano de fundo para uma investigação. Coloquei-o neste lista mesmo assim porque é muito interessante o ponto tocado por ele, mesmo sem querer: o quanto podemos não conhecer o suficiente uma pessoa ao nosso lado, que amamos, a ponto de não perceber nenhum tipo de dificuldade ou tristeza anormal nela. No mundo corrido de hoje, é indispensável a discussão sobre a importância que a escola, os pais e os próprios amigos precisam dar aos seus entes queridos, na tentativa de diminuir cada vez mais os riscos de tomar uma atitude irreversível.

Sei que setembro já está no fim, mas se vocês ainda quiserem colaborar com a campanha é muito simples: se você não tem um lugar para pintar ou colorir de amarelo, lembrando o movimento, espalhe esse tema para o máximo de pessoas que conseguir. Só unidos conseguiremos reverter os números assustadores que o suicídio tem ganhado às custas do sofrimento não só de jovens, mas também de famílias, completamente destruídas e incompletas. Lembre-se: falar é sempre a melhor solução! Até a próxima postagem!

Beijos!

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